
“Como, independência? A nossa independência não foi no dia 7 de Setembro?”, diriam outros brasileiros não baianos.
Mas teve gente do povo que lembrou essa luta e cobrou na camiseta a tão ansiada mudança que os políticos prometeram e... esqueceram.
O PMDB, por exemplo, levou o estilo do ministro Geddel para vender a candidatura de João Henrique à reeleição: colocou muito balão gigante com a sigla, banda e toda uma produção para impressionar no trajeto, que começa na Lapinha, passando pelas principais ruas do bairro de Santo Antônio e do Pelourinho e termina no Terreiro de Jesus.

O PT desfilou com número, porém sem as suas principais estrelas, porque elas estavam no bloco chapa branca do governador .
Ponto para o partido. Afinal, Wagner foi às convenções dos candidatos a prefeito de Salvador que compõem a base aliada, mas quem se sentiu à vontade para desfilar no 2 de Julho ao lado do governador foi o seu correligionário Walter Pinheiro.
Pinheiro desfilou ao lado de Wagner e da sua candidata a vice - prefeita, Lídice da Mata (PSB), ex-prefeita de Salvador.
O Dem também passou querendo fazer alvoroço, mas nem de longe lembrou os tempos do estardalhaço que ACM fazia. Difícil mesmo era identificar o candidato ACM Neto naquele ba-fa-fá.
O PSDB bem que fez barulho, mas Imbassahy passou normal.
O PSOL trouxe novamente a sua estrela principal, a ex-senadora Heloísa Helena, que procurou ser notada abrindo o sorriso e carregando nos braços um buquê de flores।
Independente do jogo político explícito no cortejo, o caboclo e a cabocla, símbolos dos nossos heróis, impressionaram visitantes e reencataram os baianosComo também chamaram atenção:
- o ar de dever cumprido dos ativistas e militantes de movimentos sociais que reclamam contra a impunidade, como no caso dos parente das vítimas da explosão da fábrica de fogos em Santo Antônio de Jesus, há 11 anos,
-o protesto contra a intervenção no Rio Seixas, na Avenida Centenário,
-a luta da UFBA pelo pagamento da URV, das universidades estaduais,
- denúncia contra a discriminação contra a mulher e o rastafari no mercado de trabalho।
Todo ano é assim: calçadas e janelas dos velhos casarões e sobrados ficam lotadas por moradores e populares que relembram com orgulho a nossa saga pela independência e levantam novas bandeiras de liberdade e direitos de liberdade e cidadania। Tudo com muita alegria e beleza, porque nessa festa o público também se enfeita, se fantasia e se exibe.