Laranjeira e Lustosa: primeira diretoria pós-ditadura (Foto: Smitson Oliveira) |
Boa oportunidade para se discutir
a conjuntura nesses tempos conturbados de Bolsonaro, Lava Jato e Vaza Jato.
Por Jadson Oliveira – jornalista/blogueiro – editor deste Blog Evidentemente
Olívio
Dutra, ex-governador do Rio Grande do Sul e quadro histórico do PT, que no
próximo dia 27 fará palestra aqui em Salvador sobre a conjuntura brasileira, tem
uma ligação histórica com o sindicalismo dos bancários baianos: em 1979, numa
assembleia que entrou para a história, no Clube de Engenharia da Bahia, ele
conclamou a militância a se unificar para derrotar a pelegada que comandava o
Sindicato dos Bancários.
E foi a unificação
de todas as tendências políticas de esquerda da oposição sindical – então chamada
Movimento Participação – que levou à vitória na eleição sindical de 1981,
depois de duas tentativas fracassadas em 1975 e 1978. Olívio foi presidente do
Sindicato dos Bancários em Porto Alegre e era então liderança sindical
respeitada nacionalmente.
Lustosa
(1) gosta de realçar essa vinculação com Olívio, reforçando o peso político que
sua experiência como dirigente sindical emprestou ao movimento dos bancários
baianos. Claro que Laranjeira (2) também recorda muito bem tais fatos, mesmo
porque foi ele quem dirigiu a histórica reunião do Clube de Engenharia e foi
ele quem acabou encabeçando a chapa unificada e vitoriosa de 1981.
A
militância de Lustosa na oposição bancária de Salvador tem uma particularidade:
foi ele o único, entre os mais destacados, que participou desde 1972 – quando militantes
bancários começaram a se mexer, após a derrocada do AI-5 – até a chapa de 1981.
Integrou então a primeira diretoria do sindicato (1981-1984) no que pode ser
considerado como pós-ditadura, pelo menos no âmbito do sindicalismo bancário.
Daí que
Lustosa se recorda de que Olívio Dutra ajudou também o movimento desde o
início, quando a influência da oposição sindical na Bahia era ainda muito fraca
e a repressão da ditadura militar sufocava os anseios democráticos. Em 1974 o então
militante sindical gaúcho – ele chegou à presidência da entidade em 1975 - “esteve
com a gente aqui em Salvador para nos transmitir experiência e nos orientar na nossa
luta, me lembro, nos reunimos na AEABA, associação dos engenheiros agrônomos,
ali junto da entrada do bar Quintal/Raso da Catarina, na Avenida Sete”, conta
Lustosa.
Esta
ligação de Olívio com o sindicalismo baiano é um dos motivos do convite para
que ele integre, ao lado do baiano José Sérgio Gabrielli (ex-presidente da
Petrobrás e também quadro histórico do PT), a mesa de palestra/debate no
próximo dia 27, conforme detalhado no cartaz acima. Além de Lustosa e
Laranjeira, a comissão de organização do evento é composta ainda por Goiano
(3).
Observações:
(01) Valdimiro
Lustosa Soares trabalhou no Banco do Estado da Bahia (Baneb); depois da gestão
sindical, dirigiu a caixa de assistência médica dos funcionários do banco
(Casseb).
(02)
Osvaldo Laranjeira trabalhou do Banco do Estado de São Paulo (Banespa); começou
sua militância em SP, transferindo-se em seguida para Salvador, onde se
incorporou à oposição sindical.
(03) José
Donizette (Goiano) trabalhou em bancos como o Nacional do Norte (Banorte),
militou em várias frentes e integrou também a chapa de 1981. Tem se destacado
por sua ação política e cultural, especialmente em Seabra (Chapada Diamantina).
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