A líder indígena Milagro Sala (Foto: Internet) |
Além da prisão da líder Milagro Sala, o governo de Gerardo Morales,
aliado de Mauricio Macri, ameaçou fechar todas as organizações que se
manifestavam.
Por Página/12 – reproduzido do portal Carta Maior, de 17/01/2016
A líder indígena Milagro Sala, dirigente
da Organização Indigenista Tupac Amaru e parlamentar do Parlasul, foi detida
neste sábado (16/1) após ser denunciada pelo governador da Província de Jujuy,
Gerardo Morales, que a acusou de “instigação ao crime e à desordem”, por ela
ter organizado o acampamento da Rede de Organizações Sociais, instalado há 33
dias na frente da sede governamental. Sala foi levada à Delegacia da Mulher, no
distrito de Huaico, e sua casa foi invadida por policiais sem identificação.
Ademais, as forças de segurança da província cercaram o acampamento, no centro
da cidade, fator pelo qual se teme que possa acontecer uma ofensiva contra os
manifestantes a qualquer momento.
A prisão de Sala foi autorizada pelo juiz provincial Raúl Gutiérrez e sua captura aconteceu pouco depois do meio-dia, em sua casa, no bairro Cuyaya, que foi invadida. Após a detenção, uma viatura a trasladou até a Delegacia da Mulher, no distrito de Huaico.
As organizações sociais convocadas por Milagro Sala protestam em frente à sede do Executivo de Jujuy para pedir a continuidade das cooperativas de trabalho, que o governo do político radical (do partido União Cívica Radical – UCR) Gerardo Morales, aliado de Mauricio Macri, ameaçou cortar os fundos com os quais elas vêm construindo suas casas próprias e urbanizando seus bairros há quase uma década.
Após a detenção, o promotor Mariano Miranda, informou que Sala foi presa por “se rebelar contra uma decisão governamental”, ao organizar o acampamento na frente da sede do governo provincial, e admitiu que a ordem se baseia na denúncia realizada por Gerardo Morales, em resposta à mobilização contra as suas medidas. Segundo o advogado Luis Paz, representante de Milagro Sala, a postura da promotoria “se parece a uma extorsão”.
A prisão de Sala foi autorizada pelo juiz provincial Raúl Gutiérrez e sua captura aconteceu pouco depois do meio-dia, em sua casa, no bairro Cuyaya, que foi invadida. Após a detenção, uma viatura a trasladou até a Delegacia da Mulher, no distrito de Huaico.
As organizações sociais convocadas por Milagro Sala protestam em frente à sede do Executivo de Jujuy para pedir a continuidade das cooperativas de trabalho, que o governo do político radical (do partido União Cívica Radical – UCR) Gerardo Morales, aliado de Mauricio Macri, ameaçou cortar os fundos com os quais elas vêm construindo suas casas próprias e urbanizando seus bairros há quase uma década.
Após a detenção, o promotor Mariano Miranda, informou que Sala foi presa por “se rebelar contra uma decisão governamental”, ao organizar o acampamento na frente da sede do governo provincial, e admitiu que a ordem se baseia na denúncia realizada por Gerardo Morales, em resposta à mobilização contra as suas medidas. Segundo o advogado Luis Paz, representante de Milagro Sala, a postura da promotoria “se parece a uma extorsão”.
Na quinta-feira (14/1), Morales suspendeu temporariamente a pessoa jurídica das 16 organizações que realizam o acampamento, com o argumento de que “mudaram seu objetivo social”. Com a suspensão da identidade dessas organizações e cooperativas, elas perdem a chance de participar dos programas de moradia, e também alguns benefícios sociais, além de terem fechadas suas contas bancárias.
“Não terão acesso a nenhum recurso que o Estado costuma usar para ajudar a população, seja através do sistema de capacitação, das cooperativas, bolsas, subsídios de diversos tipos. Significa também o fechamento das contas bancárias”, disse Agustín Perassi, ministro de governo da Província de Salta, vizinha de Jujuy.
Diante dessa situação, as organizações realizaram uma assembleia, durante a qual decidiram manter o acampamento na praça em frente à sede governamental de Jujuy. “Não vamos jogar fora todos os 16 anos de trabalho e militância que nos custou chegar aqui”, expressou o dirigente Normando Gutiérrez, durante a reunião multitudinária. “Não temos medo”, afirmou Milagro Sala quando começaram os protestos e as primeiras reações do governo contrárias à mobilização.
Sobre a possibilidade de que as forças policiais forcem a retirada do acampamento, o advogado Luis Paz, que também representa Milagro Sala, sustenta que: “as organizações têm o direito de continuar com a mobilização, porque estamos convencidos de que este é um direito constitucional que os trabalhadores e as populações indígenas possuem e que devem continuar exercendo, até que o governador seja capaz de nos receber e nos escutar”.
Tradução: Victor Farinelli
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