FÓRUM 21: UM NOVO ESPAÇO PARA O DEBATE PROGRESSISTA

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(Foto: Carta Maior)

Em debate do Fórum21, setores da sociedade civil discutiram como atuar diante da desestabilização orquestrada pelos cartéis financeiro e midiático.

Por Darío Pignotti, no portal Carta Maior, de 17/12/2014

São Paulo - Transcorridos apenas 48 dias desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, intelectuais, militantes de partidos de esquerda e movimentos sociais, sindicalistas e ativistas midiáticos participaram do encontro de lançamento do Fórum 21, em que se discutiu como atuar diante da desestabilização orquestrada pelos cartéis financeiro e midiático.
“A disposição da direita em promover o acirramento da luta ideológica e política convoca as forças da esquerda à mobilização para o debate e a ação. É preciso disputar a hegemonia ideológica na sociedade. Para tanto, será imprescindível ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão", fiz a carta de princípios do Fórum 21.

"Cabe às forças progressistas começar pelo que é mais evidente: romper os limites do diálogo no seu próprio campo. A articulação para a troca de ideias daqueles que defendem a justiça social e a soberania popular é essencial à arregimentação de forças mais amplas para os embates que virão", consta no documento que deu início ao encontro do qual um dos primeiros oradores foi Juca Ferreira, secretário de Cultura de São Paulo.

Ferreira falou sem eufemismos sobre a necessidade de fazer uma autocrítica dos governos do PT e recomendou estabelecer um diálogo mais estreito com os movimentos sociais e a juventude, que no segundo turno emitiram um “voto crítico” a Dilma diante da ameaça que representava a candidatura de Aécio Neves.

“Temi que fôssemos derrotados nas eleições... Acho que a esquerda tem que assumir sua responsabilidade... Acho que, nesses anos, nos aproximamos ao modus operandi da direita, precisamos de uma revisão programática. Se não a fizermos rápido, podemos perder em 2018, mesmo que o candidato seja o Lula”, alertou Ferreira, que falou na mesa “Participação Social e Democracia”.

O seminário ocorreu na última segunda-feira em São Paulo, horas depois de a presidenta receber no Palácio do Planalto uma delegação do MST que rechaça a nomeação de Kátia Abreu, líder da CNA, para o Ministério da Agricultura.

Na mesma segunda-feira à noite, a presidenta elogiou a dirigente ruralista Kátia Abreu na sede da CNA, onde o MST exibiu um cartaz dizendo: “Dilma, nós votamos em você. Não merecemos a Kátia Abreu no Ministério da Agricultura”.

"Democratizar os meios de Comunicação" foi o segundo painel, que contou com a participação do professor Venício Lima, da jornalista Bia Barbosa e do pesquisador João Feres Junior, sob a coordenação do jornalista Rodrigo Vianna.
 

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