MUJICA SOBRE PROTESTOS NO BRASIL: SÓ MUITO BARULHO NA IMPRENSA (notas)

Capa e contracapa da publicação com a entrevista do presidente do Uruguai (Foto: Télam/Página/12)

O presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica, conhecido mundialmente por sua simplicidade, falou de variados assuntos numa entrevista a uma revista feita por militantes e moradores de bairros pobres ("villas" - favelas) de Buenos Aires e região metropolitana, chamada La Garganta Poderosa. Uma das suas curiosas observações: "Menos mal que a gente não leia os jornais. Se fossem tão importantes, eu não teria chegado a ser presidente”, confessou o ex-tupamaro, que concordou em posar gritando e com a camiseta “Pepe 100% villero” ("villero" pode ser traduzido para favelado).


Sobre as manifestações de junho no Brasil, ele admitiu ter sido surpreendido, mas disse acreditar que elas não vão a lugar algum. Observou ter havido "muito barulho", protestos fortes, "mas se não existe gente organizada, com funcionamento coletivo, continuarão as manifestações convocando-se pela Internet. É como uma tormenta; vêm as nuvens, passou e tchau. Que ficou? Só muito barulho na imprensa”, opinou. E ponderou: “Está bem que as pessoas peçam mais saúde ou melhor educação, sim, mas precisam se comprometer na construção disso”.

(Com informações de matéria do jornal argentino Página/12, edição de 12/07/2013).


Aliança com o povo contra o império


Notinha da capa de Página/12, de 10/07/2013

“Pessoalmente não estou ressentido nem machucado por essa ofensa, essa provocação e humilhação que, afinal, não é contra Evo, tampouco contra o povo boliviano, mas sim contra todo o povo latino-americano. Me estranha que países europeus conhecidos por sua defesa da democracia e dos direitos humanos estejam agora submetidos ao governo dos Estados Unidos. Proponho nos alinharmos com os povos da Europa para que a Europa se liberte do imperialismo norte-americano.”

(Do presidente da Bolívia, Evo Morales, num ato público em La Paz, antes de participar do ato pelo 9 de Julho - data da declaração de independência - na embaixada argentina.)

 

"Eutanásia nazista"

Notinha da capa de Página/12, de 09/07/2013

Entre 1940 e 1941 o Terceiro Reich executou dezenas de milhares de deficientes físicos e psíquicos no que se chamou “a eutanásia nazista”. No número 4 da rua berlinense Tiergarten começou a ser construído ontem um monumento de 31 metros de comprimento e 3,10 de altura, em homenagem às vítimas. Nesse lugar esteve a “Fundação Caridosa para a Cura e o Cuidado Institucional”, dirigida pelo chefe da Chancelaria de Hitler, Philipp Bouhler, e seu médico pessoal, doutor Karl Brandt. Dali foi comandada a matança de 70.273 enfermos de epilepsia, esquizofrenia e outras doenças psíquicas e físicas.


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