SERVIDORES DA PREFEITURA DE SALVADOR AMEAÇAM GREVE


A passeata, com um grupo de motoqueiros à frente, quando descia a Avenida
Sete de Setembro (Fotos: Jadson Oliveira)
De Salvador (Bahia) – Vai depender da negociação agendada para a manhã da segunda-feira, dia 19, e da assembléia na tarde do mesmo dia 19, logo em seguida, portanto, ao encontro com os representantes do prefeito João Henrique, do PP. O presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindseps), Jeiel Soares, informou que não houve qualquer avanço na rodada de negociação na tarde de ontem, quarta-feira, dia 14, logo após os servidores terem feito uma manifestação pelas ruas centrais da cidade: do Campo Grande à Praça Municipal, onde estão o palácio de despacho do prefeito e a Câmara dos Vereadores (veja vídeo postado abaixo).
Everaldo Braga (com microfone) e Jeiel Soares, dirigentes do Sindseps liderando o cortejo
Os servidores incrementam uma luta já antiga, pela instituição do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV), agora pedido para entrar em vigor em maio próximo, mas a prefeitura acena com uma vigência escalonada, alegando dificuldades de recursos. Segundo a direção do Sindseps, os representantes do prefeito propõem iniciar o PCV em maio, mas seus benefícios se dariam a partir de um escalonamento a cada seis meses, até novembro de 2013. Outra reivindicação é dirigida à Câmara Municipal: a derrubada do veto do chefe do Executivo que impede o pagamento de gratificações ao funcionalismo.


E há uma luta específica em favor dos agentes de saúde: agentes comunitários e os de combate às endemias, ao todo 3.850 servidores estatutários, que estão ganhando R$ 545,00 mensais, menos que o salário mínimo oficial, conforme explicou Jeiel. Os agentes querem o piso de R$ 722,00, que é o salário-base do pessoal com nível fundamental e 40 horas de trabalho semanais.

Diante do palácio do prefeito cobrando o Plano de Cargos e Vencimentos (PCV)
Diante da Câmara dos Vereadores cobrando a derrubada
do veto do prefeito
A invenção do “servidor móvel”


Durante a manifestação de ontem, quarta-feira, os servidores acharam um meio de contornar o problema decorrente da existência de uma portaria municipal proibindo que manifestantes cheguem até a Praça Municipal com carro de som. Quer dizer, a passeata vem do Campo Grande e, na Praça Castro Alves, para prosseguir tem que deixar o carro de som. A Polícia Militar cumpre com rigor a determinação da portaria, a qual é contestada em ação judicial impetrada pelo Sindseps, mas até agora emperrada na Justiça.


Ontem os dirigentes do movimento dos servidores cumpriram a exigência da portaria, mas improvisaram um serviço de som móvel, a que chamaram “servidor móvel”. Com ele, comandaram os protestos na Praça Municipal, dirigidos ora à Câmara dos Vereadores (pedindo a derrubada do veto) e ora ao palácio do prefeito (pedindo o “PCV já”).

Comentários

Anônimo disse…
Que buen reportaje!
Armando Viveros, Col.