Comentários
Caro André,
Devo ter uma “mentalidade atrasada” incurável, porque me encaixo na “separação grosseira” que você faz.
Para tentar ser mais preciso: a direita defende os interesses dos mais ricos, dos que detêm, de fato, o poder no mundo capitalista. No caso do Brasil: do capital financeiro, do grande empresariado, dos grandes donos de terra, do agronegócio, das grandes empreiteiras, das mineradoras.
Estes setores – aliados aos monopólios da comunicação e à maioria das forças do aparato do Estado – tentam manter a maioria da população a seu serviço, tentam manter os interesses, os valores de um sistema injusto, o capitalismo, capitaneado pelo império estadunidense – seu governo, seu poderoso aparato militar, suas transnacionais, sua máquina infernal de dominar mentes e corações.
Do lado contrário, estão os interesses da maioria, dos que lutam contra o mundo como ainda predomina hoje, os que lutam contra as injustiças sociais, por um mundo melhor para a maioria, por um mundo mais humano, com mais solidariedade e menos ódio e menos consumismo, contra o mundo do deus dinheiro, do deus “mercado”, por mais participação popular e mais democracia, pelo socialismo, contra o capitalismo.
Sempre sonhando com um mundo de paz e de amor. Com gente mais generosa e mais feliz.
Claro que há mil e uma nuances, tropeços, zigue-zagues, porque a realidade é bem mais difícil do que as teorias que armamos em nossa cabeça.
Daí ser temerário dizer que o PT, por exemplo, é de esquerda, como também é temerário dizer que Serra e FHC – exemplos referidos por você – são de direita. Mas, para mim, é correto ver o PT à esquerda (embora os governos “petistas” façam composição com forças que se estendem até a ultra-direita), assim como é correto ver Serra e FHC à direita (hoje, porque no passado tiveram posições diferentes, Serra foi inclusive militante da AP).
Daí que defendo a maioria dos venezuelanos e dos cubanos (incluindo seus respectivos governos) contra o império, que age dentro da lógica do império, ou seja, considera-se no direito de agredir e invadir qualquer povo e qualquer país que se atrevam a contrariar seus interesses.
Meu caro André, não sei tua idade, eu já estou chegando aos 70. Creio que temos posições políticas e ideológicas bem consolidadas. Vamos em frente, um abraço, Jadson Oliveira.
Devo ter uma “mentalidade atrasada” incurável, porque me encaixo na “separação grosseira” que você faz.
Para tentar ser mais preciso: a direita defende os interesses dos mais ricos, dos que detêm, de fato, o poder no mundo capitalista. No caso do Brasil: do capital financeiro, do grande empresariado, dos grandes donos de terra, do agronegócio, das grandes empreiteiras, das mineradoras.
Estes setores – aliados aos monopólios da comunicação e à maioria das forças do aparato do Estado – tentam manter a maioria da população a seu serviço, tentam manter os interesses, os valores de um sistema injusto, o capitalismo, capitaneado pelo império estadunidense – seu governo, seu poderoso aparato militar, suas transnacionais, sua máquina infernal de dominar mentes e corações.
Do lado contrário, estão os interesses da maioria, dos que lutam contra o mundo como ainda predomina hoje, os que lutam contra as injustiças sociais, por um mundo melhor para a maioria, por um mundo mais humano, com mais solidariedade e menos ódio e menos consumismo, contra o mundo do deus dinheiro, do deus “mercado”, por mais participação popular e mais democracia, pelo socialismo, contra o capitalismo.
Sempre sonhando com um mundo de paz e de amor. Com gente mais generosa e mais feliz.
Claro que há mil e uma nuances, tropeços, zigue-zagues, porque a realidade é bem mais difícil do que as teorias que armamos em nossa cabeça.
Daí ser temerário dizer que o PT, por exemplo, é de esquerda, como também é temerário dizer que Serra e FHC – exemplos referidos por você – são de direita. Mas, para mim, é correto ver o PT à esquerda (embora os governos “petistas” façam composição com forças que se estendem até a ultra-direita), assim como é correto ver Serra e FHC à direita (hoje, porque no passado tiveram posições diferentes, Serra foi inclusive militante da AP).
Daí que defendo a maioria dos venezuelanos e dos cubanos (incluindo seus respectivos governos) contra o império, que age dentro da lógica do império, ou seja, considera-se no direito de agredir e invadir qualquer povo e qualquer país que se atrevam a contrariar seus interesses.
Meu caro André, não sei tua idade, eu já estou chegando aos 70. Creio que temos posições políticas e ideológicas bem consolidadas. Vamos em frente, um abraço, Jadson Oliveira.
Meu caro amigo,
Me deparei com o seu blog e acabei lendo alguns artigos. Se for grosseria, desculpe-me antecipadamente, mas Você realmente acredita nessas notícias vinculadas em sua página? O que Você escreve (ou replica) sobre a Venezuela e Cuba é, no mínimo, de um relativismo moral escandaloso.
Vi também que o PSDB, aqui, é tratado como direita golpista. Mas, ora, esse partido nem de direita é! É curioso isso. Figuras como Serra e FHC, que estão posicionados bem à esquerda, são tratadas como conversadores/liberais.
Eu fico realmente intrigado com isso. Como alguém, que esteja de boa fé, e conheça os aspectos básicos do que se considera direita e esquerda, pode realmente acreditar nisso?
Os que me justificam, sempre falam das privatizações, que, na realidade, foram feitas muito mais por pragmatismo do que por ideologia. Lembra que o FHC emitiu um Decreto que se comprometia a não privatizar a Petrobras?
A verdade, dura - para a esquerda, pq fica sem seu bode expiatório, e para a direita, pq não tem em quem votar - é que o Brasil não tem uma efetiva representatividade política do pensamento de direita. Até existe um ou outro que poderíamos classificar como, mas, como unidade política, não existe.
O que se faz, no Brasil, como bastante êxito, aliás, é uma separação grosseira de: direita só pensa em rico e só faz coisas ruins, esquerda pensa nos pobres e tem superioridade moral.
Temos que evoluir nessa mentalidade atrasada.