“EFEITO LULA” PREPARA NOVA VIRADA NA ELEIÇÃO DA BAHIA

Lula participou dos festejos do último 2 de Julho, em Salvador, ao lado de Jerônimo

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, não tem dúvida: o "efeito Lula" já está impactando a candidatura de Jerônimo.

Por Jadson Oliveira – jornalista, editor deste Blog Evidentemente - em 26/07/2022

A última pesquisa Quaest/Genial mostra que o candidato ao governo da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, salta de 11% para 38% das intenções de voto quando é apresentado ao eleitorado como aliado do ex-presidente Lula.

Antes do eleitor conhecer o apoio de Lula, ACM Neto (União Brasil, ex-DEM) chegava a 61% das intenções. Depois, o placar muda drasticamente de 61 x 11 para 43 x 38. Jerônimo sobe para 38% e Neto cai para 43%.

A influência do ex-presidente é compreensível: pesquisa do mesmo instituto aponta que Lula, na Bahia, no primeiro turno, tem 62% da preferência dos eleitores, contra apenas 19% de Bolsonaro.

O nome de Jerônimo, ainda pouco conhecido, é reforçado ainda pelo apoio de Rui Costa, cujo governo é muito bem avaliado pelos baianos, principalmente no interior do estado.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, não tem dúvida: o "efeito Lula" já está impactando a candidatura de Jerônimo.

Uma outra pesquisa – da AtlasIntel/jornal A Tarde -, divulgada no último dia 17, confirma o bom desempenho do candidato petista: no primeiro turno, Jerônimo aparece com 32,6% das intenções de voto contra 39,7% de ACM Neto (João Roma, do PL, candidato do bolsonarismo, ficaria com 10,5%).

Lideranças do PT na Bahia, a exemplo do deputado federal Jorge Solla, acreditam que a “virada” virá naturalmente no decorrer da campanha. “Jerônimo tem bons padrinhos políticos”, diz Solla, referindo-se a Lula e Rui Costa.

Ativistas com atuação na Chapada Diamantina, interior baiano, compartilham da avaliação de Solla. É o caso de José Donizette, mais conhecido como Goiano, com longa militância política e cultural na região, especialmente em Seabra, que atesta a boa receptividade da campanha Lula presidente e Jerônimo governador.

Por que “nova virada”?

Porque os militantes políticos não esquecem a virada histórica de 2006, quando o ex-governador (hoje senador) Jacques Wagner enterrou o reinado do velho ACM na Bahia.

Wagner passou toda a campanha eleitoral amargando derrota avassaladora nas pesquisas para o candidato do então poderoso ACM, Paulo Souto (do PFL, que virou DEM, que virou União Brasil).

Na noite de 1º. de outubro de 2006 (domingo de eleição), a grande surpresa (para todos habituados a confiar nas pesquisas): a contagem dos votos apontou a vitória de Wagner no primeiro turno.

Os petistas de Salvador inundaram o largo de Santana (conhecido também como largo da Dinda), no Rio Vermelho, onde costumam festejar suas vitórias (e chorar suas derrotas). Foi uma noite de festa inesquecível.

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