A categoria se manteve mobilizada (Fotos: Smitson Oliveira) Tânia Oliveira, dirigente da APLB-Sindicato
Depois de uma greve de mais de 50 dias, os professores da rede municipal de Seabra, na Chapada Diamantina, chegaram a um acordo considerado satisfatório, retomando as aulas a partir da terça-feira, dia 24: conseguiram a maioria das reivindicações, incluindo o reajuste de 33,24% do piso salarial, que é garantido em lei federal e faz parte da luta da categoria em todo o estado, pois tal direito vem sendo atropelado pelas prefeituras.
(Em Salvador, por exemplo, os professores das escolas
municipais estão em greve, iniciada na última quinta-feira, dia 19, exigindo o
mesmo reajuste).
Apesar da volta às aulas, o professorado seabrense continua
mobilizado para serem efetivamente atendidos os itens acordados, constantes em
ata registrada no Ministério Público. E também para acompanhar – buscando
transparência – a aplicação das verbas para a educação.
Isto em meio à extrema má vontade do prefeito Fábio Miranda,
que, passando ao largo da institucionalidade, negou-se a se sentar à mesa de
negociação com os legítimos representantes da APLB-Sindicato dos Trabalhadores
em Educação do Estado da Bahia, existente há 70 anos como referência em luta de
classe.
O seu secretário da Educação, Altair Sá Teles, no entanto,
negociou com a comissão dos grevistas. E o documento do acordo foi apresentado
no Ministério Público local, no intuito de referendar o cumprimento dos prazos
acordados.
Este é um pequeno resumo feito a partir da avaliação e relato
da dirigente da APLB, Tânia (Maristônia)
Oliveira, presidente da Delegacia Sindical Lavras da Diamantina da
APLB/Sindicato (abrange Seabra e mais quatro municípios da Chapada Diamantina).
Segundo ela, foram dias de muita movimentação, com
manifestações de rua, assembleias, inclusive nas praças, “ocupações da
prefeitura” (ocupação do pátio da Secretaria da Educação durante o expediente),
panfletagens, carreatas, gravação e divulgação de vídeos e muita atuação nas
redes sociais. Além de reuniões/encontros no sindicato, Câmara de Vereadores e
Ministério Público.
O movimento contou (e ainda conta) com o apoio de mães e pais
(principalmente as mães) dos alunos, cuja participação foi talvez um dos toques
mais notáveis da mobilização e articulações.
Com o fim da greve, os professores têm agora também o compromisso com a reposição das aulas para os cerca de 8.000 alunos e alunas da rede de educação infantil e ensino fundamental, níveis da competência da gestão municipal. São aproximadamente 50 escolas em todo o município.
Mais fotos do movimento:
Comentários
E o grande companheiro Sinval? Porra, companheiro, se saudade matasse... Hoje, pela manhã, estava falando ao telefone com minha irmã Rubia, falando do blog, falei de Joaninha, e aí ela perguntou: "E o marido dela, como vai?". Eu não sabia que ela conhecia nem Joana quanto mais Sinval. São coisas, detalhes, desta nossa andança, que já vai longa e tomara que continue... Temos aí pela frente, qualquer dia desses, brevemente, um encontro no Caxixi, com Alberto, Manelão...