A elite
dominante trabalha, conscientemente, para formar (e deformar) a mente das
pessoas, através da manipulação da mídia hegemônica, do sistema educacional, da
publicidade e das religiões.
Por Jadson Oliveira – jornalista/blogueiro – editor deste Blog Evidentemente
De
Seabra-Chapada-Bahia – Estou em
Seabra ajudando a divulgar e para fazer a cobertura jornalística da
palestra/debate (depois de amanhã, quinta, dia 17) com o professor de Economia Sérgio
Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Veja a foto/ilustração acima.
Ontem, segunda-feira (dia 14), tive a satisfação de
ver e ouvir jovens (a maioria garotas) falando na Conferência Municipal de
Educação, no auditório da UNEB, repleto de professoras/professores e estudantes.
Exalavam esperança e rebeldia, como é apropriado à
juventude. Vocês não imaginam como isso é reconfortante para o coração e mente
dum velho militante político!
O fator de “libertação” do título acima fica por
conta das (e dos) jovens que falaram lá. Ludmila, do Levante Popular da
Juventude, por exemplo, dissertou muito sobre os ensinamentos do nosso Paulo
Freire.
Eu vou falar um pouquinho do fator de “opressão”.
Mais exatamente, quero sugerir a leitura dum livro: ‘A formação da mentalidade
submissa’.
Conheci este livro em Caracas em 2008: o então
presidente Hugo Chávez mandou distribuí-lo, gratuitamente, à população. Pelo
que sei, não há edição brasileira. Descobri depois, pela Internet, uma edição
de Portugal.
O autor, professor espanhol Vicente Romano (já
falecido), mostra, didaticamente, como as classes dominantes - os donos do
mundo e da “verdade” - trabalham, conscientemente, para formar (e deformar) a
cabeça das pessoas, através da manipulação da mídia hegemônica (no Brasil, a
Globo e etc), do sistema educacional, da publicidade e das religiões.
No caso da educação, ele destaca em especial as
distorções no ensino da Economia. Daí a conexão que fiz com o evento de depois
de amanhã, quinta: nosso palestrante é professor titular (aposentado) da
Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA.
Vicente Romano diz que a história
demonstra que a elite dominante – hoje capitaneada pelo capital financeiro - nunca
se apresenta de cara descoberta. Cobre-se com o manto das religiões, do
patriotismo e do bem comum. A burguesia proclama como coisa boa para todos o
que é bom apenas para ela.
Aproveito para sugerir também a
leitura das obras do sociólogo brasileiro Jessé Souza, que ultimamente vêm
fazendo muito sucesso no Brasil. Já li duas delas: ‘A elite do atraso’ e ‘A
classe média no espelho’.
Neste meu blog – que pode ser
acessado, por exemplo, pelo Google (Blog Evidentemente Jadson Oliveira) – há postagens
com trechos dos dois livros de Jessé citados.
Sociólogo Jessé Souza |
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