(Foto: reproduzida de Carta Maior) |
Por Jadson Oliveira – jornalista/blogueiro
(o título acima é da edição deste blog)
“A total ubiquidade das tecnologias e as comunicações se
converteram numa ferramenta política hoje privilegiada.
A direita, que tem em suas mãos todos os grandes meios de
comunicação, pode impor sua agenda com liberdade e impunidade.
Amplifica seus interesses e silencia o resto, aqueles interesses
que correspondem à grande maioria da população, a coletivos, organizações sociais
e nacionais, sindicatos, estudantes, povos originários, pobres, migrantes ou mulheres.
Os silencia, ou os demoniza, como violentos, terroristas e corruptos.
A imprensa dominante tem suficiente poder para levantar
e difundir mentiras sobre a vida privada de dirigentes sociais ou políticos
contrários a seus interesses.
Essas montagens e outras armações comunicacionais difundidas
por essa imprensa (pela mídia hegemônica, diria eu) são posteriormente uma festa
nas redes sociais, que transformam a irrelevante e muitas vezes falsa informação
em opinião pública (ou, como diria eu, na opinião publicada, ou nas “verdades”
difundidas pelas Globo da vida).
A falsa verdade fica instalada e consolidada”.
Construir
uma mídia contra-hegemônica
Companheiros (as), traduzi do espanhol esta pequena parte do
artigo ‘Chile, outra vítima da Guerra de Quarta Geração’, de Paul Walder (vi no
Carta Maior).
É focado na situação do Chile, como o título está indicando,
mas o autor aponta que são os casos também do Brasil, Peru, Equador, Venezuela
(país que sofre atualmente o mais ostensivo assédio), Colômbia, Paraguai e o “desastre
centro-americano”.
Eu diria que é a situação geral em toda América Latina. É só
lembrar a dura resistência dos argentinos, por exemplo (pelo mundo afora também,
mas prefiro me restringir à nossa Pátria Grande, onde procuro acompanhar as
coisas mais de perto).
Fala-se muito hoje nas “fake news”, que têm tudo a ver, mas,
pelo menos no Brasil, há uma preocupante falta de consciência da importância do
problema. Problema que costumo resumir na necessidade de se buscar a construção
duma mídia contra-hegemônica.
As forças democráticas, nacionalistas e populares no Brasil
nunca conseguiram tocar essa coisa. E agora a conjuntura está mais complicada
com a vitória eleitoral de Bolsonaro e o crescimento da ultra-direita, inclusive
com viés popular. O que deixa o campo das esquerdas e centro-esquerda
baratinado em busca da difícil construção da resistência democrática.
Deixo
aqui o link do artigo, em espanhol:
Comentários