(Foto: The Presidential Press and Information Office) |
"Sempre atento, austero, com uma rica vida política. Ele se
comporta como imagina que deveria ter feito José Martí (líder independentista
cubano)"
Por Rádio Habana Cuba –
reproduzido do portal Carta Maior, de 31/01/2016
Havana, 27 de janeiro (RHC) - O jornalista e cientista
político espanhol Ignacio Ramonet fez comentários sobre o líder cubano
Fidel Castro, na última quarta-feira (27/1), em evento realizado em
Havana. Para ele, "Fidel é um homem martiano, por seu comportamento
cotidiano, sempre atento, apegado ao respeito dos princípios morais,
austero, com uma rica vida política. Ele se comporta como imagina que
deveria ter feito José Martí (líder independentista cubano)".
Durante a
palestra que debateu a continuidade da linha de pensamento e ação de duas
das mais importantes figuras da história cubana - que foi parte da II
Conferência Internacional com Todos e para o Bem de Todos -, o intelectual
hispano-francês recordou suas longas horas ao lado do líder da Revolução
Cubana.
“Martí
foi uma figura cujo exemplo sempre esteve muito presente na vida
intelectual do jovem Fidel, ele aprendeu a admirá-lo, seguindo as próprias
palavras do estadista cubano, por sua capacidade de unir os veteranos da
Guerra dos Dez Anos”, sustenta Ramonet.
O
escritor assegura que “durante as conversas que inspiraram livros como `100 Horas com Fidel´, ele me contou da
impressão que teve quando leu sobre Martí, o intelectual que vivia na
Espanha quando tinha apenas 25 anos, época em que conseguiu criar a
unidade entre os independentistas cubanos, algo que parecia impossível”.
“Eu
lembro que Fidel quando jovem já considerava Martí como o grande teórico
da independência de Cuba, com um pensamento humanista extraordinário,
capaz até de unir os imigrantes e fundar o Partido Revolucionário
Cubano".
Ramonet
mostrou as coincidências históricas entre ambas personalidades, entre
elas, o fato de tanto Fidel quanto Martí terem passado tempo em prisão,
amadurecendo as ideias que basearam suas lutas, além da capacidade para
organizar a luta e unir todos os seus componentes numa frente comum.
Abel
Prieto, assessor do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de
Cuba, foi o moderador do painel no qual também participaram o escritor e
teólogo brasileiro Frei Betto, o cientista político argentino Atilio Borón
e a escritora e jornalista cubana Katiuska Blanco.
A II
Conferência Internacional com Todos e para o bem de Todos aconteceu neste
dia 28 de janeiro, no Palácio de Convenções da capital cubana, e contou
com a assistência de mais de 600 personalidades de 45 países.
Tradução: Victor Farinelli
Comentários