Bernie Sanders e Noam Chomsky (Foto: Reprodução/Carta Maior) |
Noam Chomsky: "A única coisa que pode nos trazer
qualquer alteração significativa são movimentos populares contínuos e
dedicados, que não prestam atenção nos ciclos eleitorais. É apenas uma extravagância
de quatro em quatro anos”.
Por Zach Carter, Huff Post
– reproduzido do portal Carta Maior, de 26/01/2016 (o título acima é
da edição deste blog)
Doação de Chomsky vai em apoio a Bernie
Sanders
Os registros da Comissão Eleitoral Federal (FEC) desde 1997 mostram que
ele somente fez doações para duas campanhas anteriormente.
O intelectual radical Noam Chomsky
somente fez doação para dois candidatos federais nos últimos 18 anos.
Chomsky deu um total de $750 pra campanha
presidencial de Ralph Nader em 2000. Porém, um mês antes de passar esses
cheques, Chomsky já tinha doado $200 para um candidato de Vermont à Câmara dos
Deputados. Um candidato chamado Bernie Sanders.
Na época, Sanders estava concorrendo para seu quinto mandato como único representante de Vermont na Câmara. Quando Sanders concorreu para o Senado em 2006, Chomsky concedeu $1000 em apoio, e concedeu outros $200 quando Sanders buscou a reeleição em 2012.
Até agora,
Chomsky não havia doado a qualquer outro candidato, de acordo com registros
on-line do FEC, que remontam a 1997. É possível que Chomsky tenha doado a
campanhas que antecedem os registros federais. Chomsky não respondeu sobre o
assunto.
Chomsky mantém-se como um forte crítico da classe capitalista e do seu poder de subverter os ideais democráticos. Ele chamou a decisão da Suprema Corte sobre o caso Cidadãos Unidos contra a FEC, em 2010, de "golpe corporativo sobre a democracia", em um artigo para o In These Times. Ao mesmo tempo, Chomsky mantém seu pragmatismo. Ele atacou Obama e seu programa de drones, cuja sequência de assassinatos internacionais representa um ultraje moral, e foi capaz de seduzir os eleitores de alguns estados decisivos em sua reeleição de 2012, com o fundamento de que uma presidência de Mitt Romney seria muito pior.
Chomsky segue como um admirador do Sanders até hoje, mas teme que a campanha não se torne uma movimento popular a longo prazo.
"Veja o caso da campanha do Bernie Sanders, por exemplo, que eu julgo ser muito importante, impressionante na verdade", disse Chomsky a TeleSUR em outubro. "Ele está fazendo coisas boas e corajosas. Ele está organizando um grande número de pessoas. Essa campanha deveria ser direcionado para sustentar um movimento popular que utilize a eleição como uma espécie de incentivo e, em seguida, siga em frente. Infelizmente, acho que não é isso que tende a ocorrer. Esse movimento vai morrer com o fim das eleições. E isso seria um erro grave".
"A única coisa que pode nos trazer qualquer alteração significativa são movimentos populares contínuos e dedicados, que não prestam atenção nos ciclos eleitorais", disse ele. "É apenas uma extravagância de quatro em quatro anos. Você tem que participar, claro. Nós vamos participar; mas, em seguida, precisamos seguir em frente. Se isso for feito, grandes mudanças podem ser alcançadas”.
Tradução: Allan Brum
Chomsky mantém-se como um forte crítico da classe capitalista e do seu poder de subverter os ideais democráticos. Ele chamou a decisão da Suprema Corte sobre o caso Cidadãos Unidos contra a FEC, em 2010, de "golpe corporativo sobre a democracia", em um artigo para o In These Times. Ao mesmo tempo, Chomsky mantém seu pragmatismo. Ele atacou Obama e seu programa de drones, cuja sequência de assassinatos internacionais representa um ultraje moral, e foi capaz de seduzir os eleitores de alguns estados decisivos em sua reeleição de 2012, com o fundamento de que uma presidência de Mitt Romney seria muito pior.
Chomsky segue como um admirador do Sanders até hoje, mas teme que a campanha não se torne uma movimento popular a longo prazo.
"Veja o caso da campanha do Bernie Sanders, por exemplo, que eu julgo ser muito importante, impressionante na verdade", disse Chomsky a TeleSUR em outubro. "Ele está fazendo coisas boas e corajosas. Ele está organizando um grande número de pessoas. Essa campanha deveria ser direcionado para sustentar um movimento popular que utilize a eleição como uma espécie de incentivo e, em seguida, siga em frente. Infelizmente, acho que não é isso que tende a ocorrer. Esse movimento vai morrer com o fim das eleições. E isso seria um erro grave".
"A única coisa que pode nos trazer qualquer alteração significativa são movimentos populares contínuos e dedicados, que não prestam atenção nos ciclos eleitorais", disse ele. "É apenas uma extravagância de quatro em quatro anos. Você tem que participar, claro. Nós vamos participar; mas, em seguida, precisamos seguir em frente. Se isso for feito, grandes mudanças podem ser alcançadas”.
Tradução: Allan Brum
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