REVISTA GERMINAL: A MÍDIA IMPINGE UMA CONVENIENTE VISÃO DE MUNDO, INCLUSIVE À MAIORIA DOS INTELECTUAIS
As jornadas de protestos de junho/2013 mostraram a cara mais visível da crise (Foto: Internet) |
Esta análise da “atual crise no mundo e no Brasil”
foi divulgada pelos companheiros da Revista Germinal, durante o segundo DEBATE
DA CONJUNTURA, realizado no auditório do Sindae, no dia 11/novembro.
A programação de tais debates – organizados pelo
Projeto Velame Vivo (PVV), Comissão da Verdade da Faculdade de Direito da UFBa,
Cento de Estudos e Ação Social (CEAS) e por este blog – será retomada depois do
Carnaval.
Por Jadson Oliveira (jornalista/blogueiro) –
editor do Blog Evidentemente –
publicado em 07/12/2015
O título do texto é A ESCALA E O DESDOBRAMENTO DA ATUAL CRISE NO MUNDO E NO BRASIL.
Depois de abordarem a grandiosidade da crise, em variados aspectos, inclusive
lembrando as jornadas de protestos de junho de 2013 e os poderosos interesses
do capital, os companheiros militantes do grupo Germinal alertam para a força
nefasta dos monopólios da comunicação no país.
Segundo o texto, só não percebe a
chegada da “crise-vendaval” quem está impregnado “pela entorpecente, fetichizada e
alienante visão torpemente ideológica com que a mídia tenta e consegue plasmar
uma conveniente visão de mundo a toda a população de um país...” “A essas
pessoas – continuam -, que infelizmente constituem ainda a maior parcela da
população de um país qualquer, incluindo a maioria dos seus intelectuais,
torna-se difícil perceber e compreender a dimensão da crise que se avizinha”.
Mas, apesar de todo o massacre
ideológico e outras dificuldades, dizem que há os que se empenham na “generosa
tarefa histórica de resgatar a humanidade da clausura de barbárie que lhe impôs
o capital”. Daí entenderem ser “perfeitamente possível um cidadão comum, desde
que apetrechado de curiosa sensibilidade e acuidade mental, perceber e
compreender, por exemplo, o problema da dimensão da crise no Brasil”.
Apontam, no entanto, um obstáculo
ao lamentar que os trabalhadores brasileiros nunca tiveram, “a rigor”, “uma
direção revolucionária total e exclusivamente sua”, tachando a criação do
Partido Comunista do Brasil, em 1922, de “inauguração de um projeto reformista
nacional-burguês”.
Criticam então concepções que se
seguiram na história da esquerda brasileira, como o foquismo guevarista e o
maoísmo da guerra popular prolongada, até desembocar em outras, como a representada
pelo PT, “que na prática estão de olho mesmo é na disputa eleitoral e na
ocupação de cargos no Estado”.
E fecham o texto, acidamente: “Há
também os que optaram por seguir os caminhos da dependência às instituições
oficiais, por fora do PT”. (Link para ler o texto na íntegra)
O segundo encontro para debater a conjuntura foi feito no auditório do Sindae (Fotos: Jadson Oliveira) |
Os DEBATES DA CONJUNTURA têm boa receptividade
Os organizadores dos encontros
para analisar a conjuntura – já foram realizados dois, um no Sindpec e outro no
Sindae – informam que os debates vêm sendo bem avaliados e considerados
proveitosos por acadêmicos e ativistas de movimentos sociais e políticos de
Salvador.
Muita gente comenta que, diante
das dificuldades das esquerdas e da ofensiva das forças de direita, é o momento
de buscar rumos e definições. Ou seja, “temos mesmo é que debater”, dizem. Assim,
diante da boa receptividade, os organizadores decidiram prosseguir, mas fazendo
um recesso de fim de ano até o Carnaval.
Quem são esses tais “organizadores”?
José Donizette (Goiano), do Projeto Velame Vivo (PVV), movimento cultural da
Chapada Diamantina, interior da Bahia; o professor e advogado Carlos Freitas,
da Comissão da Verdade da Faculdade de Direito da UFBa; e este blogueiro que
escreve. Contamos ainda com o apoio do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS).
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