Da
agência de notícias Prensa Latina,
de 23/12/2015 (modificado em 24/12/2015
|
|
La Paz - O presidente Evo Morales
afirmou hoje aqui que a liderança política da Bolívia está nas mãos dos
jovens e das futuras gerações deste país.
"Sobram
líderes, há poucos dias convocamos uma reunião com dirigentes do Movimento Ao
Socialismo (MAS) dos nove departamentos (estados) e a maioria são jovens com
menos de 30 anos eleitos pelo povo", destacou Morales em entrevista
oferecida à emissora Rádio Parceira da capital.
As declarações do mandatário respondem à pergunta de se o MAS poderia ganhar umas eleições sem Evo Morales à frente, à qual o presidente acrescentou que atualmente existem vereadores de 19, prefeitos e prefeitas de 20 e 25 anos de idade que, se agora são confiáveis para o povo em suas regiões, em um futuro poderiam ser confiáveis também para toda a nação. "Os líderes vão aparecendo e se consolidarão com as próximas gerações. Acho que isso está dado pela própria unidade que há nas massas e o mais importante, que vamos integrando mais cidadãos a nosso processo revolucionário e democrático", agregou. O chefe de Estado acrescentou que o próprio povo e os movimentos sociais foram os que propuseram modificar parcialmente a Constituição Política do Estado (CPE) para que ele e o vice-presidente Álvaro García Linera se candidatassem novamente para as eleições de 2019. "Não é como dizem alguns setores da oposição, de que o Evo quer se eternizar no poder, não, nós estamos contra a eleição indefinida e se aceitamos é porque queremos cumprir com a Agenda Patriótica do Bicentenário da Independência da Bolívia em 2025, com os enormes projetos postos em andamento e os que estão por se especificar", afirmou. Nessa linha, acrescentou que são grandes os atuais investimentos para aumentar o desenvolvimento do país, para melhorar as condições de vida das pessoas, dos mais humildes, não é para benefício particular do Evo, explicou. Morales apoiou sua declaração em vários exemplos, entre eles disse, no âmbito social, um dos maiores avanços é a redução acelerada da subnutrição e da mortalidade infantil, tal como destacou recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS). Também temos, argumentou, a melhor redistribuição da riqueza mediante programas sociais, obras, bônus e rendas diferenciadas em benefício dos cidadãos. "O que fizemos com a nacionalização?, já não se exporta a pouca economia para fora da Bolívia e também não se privatiza a pouca economia que ficava na Bolívia, agora ela volta ao povo mediante todos estes programas sociais", apontou. No âmbito político, destacou a nacionalização dos recursos naturais, principalmente os hidrocarbonetos (petróleo e gás), o que permitiu gerar recursos próprios para desenvolver políticas de Estado. A emissora Rádio Parcera entregou ao presidente a placa que lhe distingue como 'personagem do ano', por sua estratégia para levar a demanda marítima apresentada contra o Chile à Corte Internacional de Justiça (CIJ). |
Comentários