Mauricio Macri (Foto: Prensa Latina) |
A grande surpresa foi a nomeação da deputada de ultra-direita Patricia Bullrich como ministra de Segurança, área na qual não tem nenhuma experiência.
Da agência de notícias Prensa Latina, de 26/11/2015
Buenos Aires - O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, deu aval aos membros que a partir de 10 de dezembro integrarão seu Gabinete (seu Ministério), que terá um destacado perfil empresarial.
O ex-chefe executivo - até junho - da Shell Argentina, Juan José Aranguren, ocupará a pasta de Energia e Mineração; o empresário Francisco Cabrera se encarregará do portfolio de Produção e o titular do Banco Cidade, Rogelio Frigerio, do Ministério do Interior.
Para ministro de relações internacionais, Macri - que é também um empresário da direita de Buenos Aires - considerou Susana Malcorra, ex-CEO da companhia Telecom e até este momento chefa de Gabinete do secretário geral da ONU, Ban Kin Moon; já Guillermo Dietrich, presidente da comercializadora de partes automotrizes que leva seu sobrenome, se encarregará de Transporte.
No caso do importante Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca, Macri optou por deixá-lo nas mãos de Ricardo Buryaile, um radical cujo partido União Cívica Radical foi essencial para a campanha eleitoral que o levou ao poder por uma margem estreita. (Nota deste blog: quando se diz na Argentina que algum político é "radical" é porque é ligado ao partido União Cívica Radical - UCR).
O atual ministro de Cultura portenho, Hernán Lombardi, será o titular do Sistema Nacional de Meios Públicos, mas aqui há um conflito, pois o atual Tristan Bauer tem mandato até 2017.
O deputado conservador Federico Sturzenegger, economista e ex-presidente do Banco Cidade, estará à frente do Banco Central, posição em torno do qual existe grande polêmica porque seu titular, Alejandro Vanoli, tem mandato por lei até 2018.
Pablo Avelluto, ex-diretor da editora Random House Mondadori, ficará encarregado da pasta de Cultura; enquanto outro radical, Oscar Aguad, irá para a área de Telecomunicação e Luis Abad ocupará o lugar de titular da AFIP.
O Ministério de Defesa estará nas mãos do radical Julio Martínez; o de Justiça é para Germán Garavano; o de Desenvolvimento Social será atendido por Carolina Stanley e a Secretaria Geral da Presidência estará ocupada por Fernando De Andreis.
A grande surpresa foi a nomeação da deputada de ultra-direita Patricia Bullrich como ministra de Segurança, área na qual não tem nenhuma experiência, mas o futuro chefe de Gabinete, Marcos Peña, a qualificou como mulher de muito equilíbrio e firmeza.
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