Luis Suárez (Foto: Prensa Latina) |
Como medida mais imediata, o estudioso
cubano defendeu a necessidade de se instaurar o cessar fogo bilateral entre o
governo e a guerrilha.
Da agência de notícias Prensa Latina, de 20/11/2015
Bogotá - O politólogo (cientista
político) e escritor cubano Luis Suárez afirmou hoje que o mundo e
particularmente a América Latina continuam com esperança na possibilidade de
encontrar uma saída pacífica ao conflito colombiano, apesar de qualquer
obstáculo.
Representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) conversam na capital cubana desde 19 de novembro de 2012 para chegar a um tratado que ponha fim ao longo enfrentamento militar interno.
Confiamos que os colombianos possam avançar para outra etapa na que, uma vez assinada a paz, consigam resolver seus conflitos de maneira civilizada, diferente de como tem ocorrido durante mais de meio século, expressou o professor titular do Instituto Superior de Relações Internacionais, de Havana.
Em sua opinião, o sucesso de tais gestões contribuirá a tornar realidade a vontade de converter a América Latina e o Caribe em uma zona de distensão, livre de guerra.
Como medida mais imediata, Suárez mencionou também a necessidade de instaurar o cessar fogo bilateral entre ambas partes em guerra.
Desde 20 de julho passado, esse movimento guerrilheiro decretou uma pausa unilateral nos combates, a sexta desse tipo, para minimizar a vitimização da população civil e se aproximar do fim da guerra, adicionalmente pediu gestos recíprocos do Executivo.
Nas últimas semanas, o presidente Juan Manuel Santos deixou subentendida a possibilidade de silenciar todos os fuzis a partir de 1 de janeiro de 2016, e inclusive antes como presente de natal para os colombianos; além de pedir ajuda às Nações Unidas para verificar essa etapa.
Cuba apoia e continuará apoiando as conversas pacifistas, sublinhou o acadêmico, que ofereceu várias conferências em universidades colombianas e apresentará nesta sexta-feira um livro sobre o trabalho solidário de seu país em regiões como América Latina, tarefas às quais se somaram também pessoas de outras nacionalidades, disse.
Coletânea de uma série de depoimentos, o texto revela detalhes de projetos humanistas como os programas de alfabetização realizados por educadores cubanos além das fronteiras da ilha ou a missão oftalmológica Operação Milagre.
Intitulado 'La Revolución Cubana en nuestra América, el internacionalismo anónimo' (A Revolução Cubana em nossa América: o internacionalismo anônimo), o volume foi construído junto com um catedrático holandês, explicou Suárez.
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