Evo Morales manteve um encontro com seu colega Nicolás Maduro depois da Cúpula de Cochabamba (Foto: EFE/Página/12) |
Rumo a
uma doutrina latino-americanista: “Assumimos um conjunto de compromissos com o
presidente Evo Morales, vamos reanimar a escola de defesa da ALBA que foi
instalada há uns anos”, disse o mandatário venezuelano.
Do jornal argentino Página/12, edição impressa de hoje, dia 14
Os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e Nicolás
Maduro, da Venezuela, acertaram ontem em Cochabamba relançar a escola militar da
ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), construída em 2011 em
terras bolivianas. Além disso, ambos os mandatários abordaram um plano de
cooperação e desenvolvimento conjunto de seus países para os próximos 10 anos.
Maduro rememorou em Cochabamba, departamento
(estado) no centro da Bolívia, a escola militar da ALBA que foi construída na
região de Santa Cruz (leste do país), ainda que até esta data não tenha funcionado
como estava previsto. “Assumimos um conjunto de compromissos com o presidente
Evo Morales, vamos reanimar a escola de defesa da ALBA que foi instalada há uns
anos”, afirmou o governante venezuelano numa declaração à imprensa junto com seu
colega boliviano. “Essa escola deve operar para que volte a oferecer tudo o que
tem a ver com uma proposta de formação, de cursos e de intercâmbio de experiências”,
disse. “Conversamos (com Morales) sobre a cooperação no campo militar da nova
doutrina latino-americanista, anti-imperialista de nossas forças armadas e de
juntar as experiências para seguir fortalecendo a coluna vertebral dos processos
de independência de nossos países, com forças armadas unidas ao povo”, assinalou.
Venezuela aportou os fundos econômicos para o funcionamento
da escola militar da ALBA, porém o projeto esteve envolvido numa forte polêmica
em 2012, após o Irã ter oferecido cooperação e gerado o alarme do Centro
Wiesenthal. A ALBA, cujo principal impulsor foi Hugo Chávez, está formada por
Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Antígua e Barbuda, Dominica, Santa Luzia,
Granada, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas e Venezuela.
No fim de semana, ambos os mandatários participaram
da II Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática, em Tiquipaya,
Cochabamba. No encontro, mais de 50 delegações aprovaram um documento no qual, dentre
outros aspectos, propõem a criação dum tribunal meio ambiental e o pagamento da
dívida ecológica dos países industrializados. As conclusões serão apresentadas na
Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática.
Continua em espanhol, com
traduções pontuais:
Respecto al plan de cooperación, Maduro anunció que
se reunirá con Morales y los ministros de ambos países en enero (em janeiro) próximo,
aunque no fue precisada la fecha (a data) ni el lugar donde se efectuará el
encuentro. “Hemos hablado de un plan 2025, un plan de diez años
BoliviaVenezuela para juntar todo lo que se está creando desde la revolución
democrática cultural de Bolivia, desde la revolución bolivariana, desde el
concepto del socialismo comunitario que ha surgido como alternativa
poscapitalista, posneoliberal en Bolivia, en Venezuela y en América latina”,
dijo. El gobernante venezolano no dio más detalles sobre el contenido del plan,
pero sí abundó en elogios a Morales por la tarea realizada en Bolivia. “No es
fácil remontar 500 años de colonialismos, de imperialismo, pero aquí vamos
remontando la cuesta y viendo el siglo XXI bien adelante”, sostuvo.
Recordó que en 2025 se celebrará el bicentenario de
la fundación de Bolivia. Para celebrarlo, el gobierno boliviano se planteó una
serie de metas sociales y económicas hacia el año 2025, dentro de la llamada
Agenda Patriótica. El cumplimiento del citado programa es el argumento que
esgrimieron los partidarios de Morales para promover un referendo con el que
buscan reformar la Constitución para permitirle presentarse a los comicios (nas
eleições) del 2019 con miras a un cuarto mandato hasta el 2025.
A su turno, Morales no se refirió ni a su posible
reelección ni al tema del plan conjunto con Venezuela, pero destacó la
importancia de repasar la agenda bilateral con Maduro. “Es importante seguir
revisando, avanzando como hicimos (fizemos) hasta ahora, compartir las grandes
responsabilidades que tenemos como presidentes y como gobiernos para bien no
solamente de los pueblos de Bolivia y de Venezuela, sino tenemos una enorme
responsabilidad de liberarnos en el continente y en el mundo.”
En cuanto al área energética, Maduro indicó que su
gobierno está interesado en replicar el modelo que usó Morales en Bolivia para
instalar conexiones de gas natural domiciliario.
Los gobernantes también dialogaron sobre
cooperación militar y la importancia de intercambiar experiencias para
fortalecer a las Fuerzas Armadas, a las que Maduro identificó como “la columna
vertebral de los procesos de independencia” de sus países.
Tradução (parcial): Jadson Oliveira
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