Caracas - As forças revolucionárias
venezuelanas que integram o Grande Polo Patriótico (GPP) ativaram na semana
que conclui hoje os comandos de campanha nos 24 Estados, face às eleições
legislativas de 6 de dezembro.
Segundo
o chefe dessa estrutura a nível nacional, o prefeito do município Libertador
de Caracas, Jorge Rodríguez, uns 32 partidos vão com 167 candidatos
principais e igual número de suplentes, para a mesma quantidade de cadeiras
na Assembleia Nacional.
Essa realidade, disse, contrasta com o que se vive atualmente no seio da
direita venezuelana, que tem uma média de 4,8 candidatos para cada um dos
cargos a eleger.
A iniciativa dos comandos nacional e em cada região conta com uma coordenação
integrada por representantes dos partidos da aliança e com comissões de
trabalho.
Estas últimas instâncias encarregam-se da organização da estratégia
eleitoral, a difusão midiática, a avaliação da campanha, a propaganda, os
eventos e manifestações, a articulação com o programa de desenvolvimento
Plano da Pátria e as projeções para o exterior.
Também participam os movimentos sociais que agrupam mulheres, adultos
maiores, indígenas, operários, profissionais, colombianos na Venezuela,
defensores da diversidade sexual, transportadoras, jovens, ativistas
culturais, desportistas e a classe média patriota, disse Rodríguez.
A respeito, o presidente da República e do PSUV (Partido Socialista Unido da
Venezuela), Nicolás Maduro, chamou a manter em todo momento a unidade entre
as forças revolucionárias.
Também nestes últimos sete dias, o GPP entregou ao Conselho Nacional
Eleitoral um documento que chama ao compromisso dos partidos políticos com o
resultado das eleições legislativas de dezembro. O objetivo é garantir que
não ocorram atos desestabilizadores durante ou depois das eleições, segundo
seus organizadores, cuja única preocupação é a atitude hostil da direita, a
qual em ocasiões anteriores alentou violência após ser derrotada nas urnas.
Para a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), esse documento e ação são
ilegais e anticonstitucionais e o que contará será o voto do povo nas
parlamentares.
Em todo o país sul-americano o governo inaugurou ademais obras de benefício
popular em cumprimento ao terceiro aniversário da vitória em eleições gerais
do falecido presidente Hugo Chávez.
De outra parte, chefes navais da Venezuela e Colômbia reuniram-se no estado
de Zulia, como parte da estratégia lembrada por ambos países para combater o
contrabando e o paramilitarismo na fronteira comum.
Na semana, também a chanceler Delcy Rodríguez recusou declarações recentes do
secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, nas quais desvirtua a
democracia desta nação sul-americana.
Criticou nesse sentido que o servidor público norte-americano considerasse as
próximas eleições parlamentares venezuelana como "a vara para medir que
tipo de democracia" se executa no país.
Rodríguez disse a Kerry que o sistema de organização de eleições em sua nação
deveria aprender muito do venezuelano. O registro eleitoral estadunidense
está fundado na discriminação, assegurou.
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