(Ilustração: Tijolaço) |
Até agora, o país vinha assistindo horrorizado a liberdade completa de ação de alguém que, comprovadamente, está enfiado até a medula na apropriação pessoal de dinheiros públicos.
Por Fernando Brito, no seu blog Tijolaço, de 13/10/2015
A decisão – dupla, em dois pedidos diferentes – dos Ministros Teori Zavaski e Rosa Weber (os despachos de cada um estão nos links), atendendo, respectivamente, a pedidos dos deputados Wadih Damous (PT/RJ) e Rubens Pereira e Silva Junior (PC do B/MA) e determinando a suspensão das “regras” baixadas solitariamente por Eduardo Cunha para levar em frente a pantomima armada com o PSDB, para fingir que recusa e, com um recurso, aceitar a abertura do processo de impeachment, é o primeiro ato concreto que se pratica para deter a louca cavalgada de um homem completamente desmoralizado moralmente para julgar a honradez de quem quer que seja.
Porque, até agora, o país vinha assistindo horrorizado a liberdade completa de ação de alguém que, comprovadamente, está enfiado até a medula na apropriação pessoal de dinheiros públicos.
Pior, o “acerto” entre ele e os “campeões da moralidade do tucanato”, que chegaram ao cúmulo de “exigir” de “brincadeirinha” seu afastamento da Presidência da Câmara, como revela – infelizmente só lá no final da matéria, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo -, a Folha de S. Paulo:
O acerto entre o peemedebista e a oposição mostra que as duas partes continuam agindo de forma casada nos bastidores, apesar das acusações que pesam contra Cunha na operação Lava Jato. A oposição chegou a soltar uma nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara, mas os termos foram acertados previamente entre ele e os líderes dos partidos adversários de Dilma.
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