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Lídice Larrea (Foto: Prensa Latina) |
A convocação em massa ao diálogo no
Equador começou em junho passado depois da apresentação do presidente Rafael
Correa dos projetos para mudar as leis de herança e mais-valia, utilizados
pelos opositores para convocar marchas violentas contra o governo e buscar
desestabilizar o país.
Da Agência Prensa Latina,
de 07/09/2015
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Quito - No Equador
realizaram-se até hoje mais de 300 diálogos com a participação de 1.600 organizações
e 840 governos autônomos descentralizados, confirmou Lídice Larrea,
presidenta da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Nacional.
Buscamos a intervenção de todos os coletivos da sociedade, fomentamos
a contribuição de grupos sociais representativos de diferentes setores, e
escutamos cada uma de suas realidades e necessidades particulares, explicou a
deputada em um boletim do Legislativo.
O trabalho não pode ser realizado unicamente no Palácio Legislativo, temos
que estar com a população e ouvi-la para decretar com sua visão e alcançar a
verdadeira justiça social, indicou Larrea. Embora enfrentemos uma difícil
situação econômica e política, com a firmeza de criar espaços para contrapor
essa atmosfera buscamos construir linhas paralelas de raciocínio e
solidariedade, acrescentou.
Manifestou a necessidade de junto ao poder Executivo unir forças no diálogo
nacional, iniciativa governamental que procura ser referência de participação
popular e democracia.
Todo este processo de mudança está respaldado em nossa Constituição,
reiterou, não é um discurso político ou uma promessa de campanha, mas uma
realidade.
Este sonho de país, justo e igualitário, desde o início da Revolução Cidadã é
uma realidade, prova disso são as construções dos centros infantis do bem
viver, hospitais e centros de saúde construídos e melhorados, pontuou.
Também, relembrou, o investimento em milhares de quilômetros de estradas, em
dezenas de unidades educativas do milênio e o acesso igualitário à educação e
ao conhecimento permite formar uma sociedade capacitada.
A legisladora destacou que sem dúvida ainda fica muito por fazer, mas para
isso são necessários recursos bem administrados e uma das formas mais
legítimas é através de um sistema tributário justo e equitativo.
O sistema tributário constitui instrumento necessário de política econômica
que facilita recursos públicos ao Estado e permite o estímulo do
investimento, a poupança e a distribuição da riqueza, sublinhou.
A convocação em massa ao diálogo no Equador começou em junho passado depois
da apresentação do presidente Rafael Correa dos projetos para mudar as leis
de herança e mais-valia, utilizados pelos opositores para convocar marchas
violentas contra o governo e buscar desestabilizar o país.
Frente a essas tentativas, o presidente retirou temporariamente as propostas
legislativas que apenas afetariam a 2% dos mais ricos dos equatorianos, e
chamou ao debate para abordar temas como a justa distribuição da riqueza.
Mas os grupos opostos ao Executivo negaram-se a participar do diálogo e
continuam incitando à desobediência civil.
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