Memorial foi instalado em campo de futebol na Vila Moisés (Foto: Edilson Lima/Ag.A Tarde) |
Uma das integrantes do grupo,
Carolina Borges, explicou que a "intenção é garantir a memória das pessoas
que foram mortas e entender que o espaço agora é sagrado".
Do site
do jornal baiano A Tarde, de
24/08/2015
Foi instalado nesta segunda-feira, 24, um memorial aos 12 mortos pela
polícia na Vila Moisés, no Cabula, em Salvador. Membros da Campanha Reaja ou
Será Morto colocaram uma placa de mármore como lembrança das mortes no campo de
futebol da localidade.
Uma das integrantes do grupo, Carolina Borges, explicou que a
"intenção é garantir a memória das pessoas que foram mortas e entender que
o espaço agora é sagrado". Ela considera as mortes como uma "execução
sumária", apesar da Justiça ter absolvido os nove policiais militares da
Rondesp Central envolvidos no caso.
Durante a ação da polícia, no dia 6 de fevereiro em suposto confronto,
foram mortos Adriano de Souza Guimarães, 21 anos; Jeferson Pereira dos Santos,
22; João Luís Pereira Rodrigues, 21; Bruno Pires do Nascimento, 19; Vitor
Amorim de Araújo, 19; Tiago Gomes das Virgens, 18; Caique Bastos dos Santos,
16; Evson Pereira dos Santos, 27; Agenor Vitalino dos Santos Neto, 19; Natanael
de Jesus Costa, 17; Ricardo Vilas Boas Silva, 27; e Rodrigo Martins Oliveira,
17.
Os policiais alegaram que foram a Vila Moisés após receber uma denúncia
e foram recebidos a tiros. O Ministério Público (MP) e
o grupo Reaja ou Será Morto contestam essa versão.
A aposentada Noemia Souza, 63 anos, moradora da região, também questiona
essa informação. Ela diz que os jovens mortos "não tinham envolvimento com
crime" e "foram massacrados" pela polícia. Por isso, a
aposentada, que teve a casa atingida pelos tiros no dia das mortes, acha que o
memorial é "uma homenagem justa".
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