“Se você quer governar em um quadro adverso,
com correlação de forças desfavoráveis, tem que contar com apoio dessas bases
da sociedade sem o que você é esmagado pela institucionalidade vigente, que é o
Legislativo, os tribunais de contas, o poder econômico”.
Por Yara Aquino – Edição: Jorge Wamburg - Fonte: Agência Brasil – de 22/08/2015 - reproduzido do site da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) - Postado aqui por sugestão do companheiro Gerson Oliveira de Souza, de Belo Horizonte-Minas Gerais, editor do blog Luzes da Colina.
Ao analisar
a atual situação do país, a deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, Luiza
Erundina (PSB-SP), disse no último dia 18 (uma terça-feira), em entrevista ao
programa Espaço Público, da TV Brasil, que o governo deve manter
um diálogo permanente com os movimentos sociais para fortalecer as bases e
enfrentar as dificuldades políticas e econômicas.
Erundina destacou a
importância do apoio popular ao lembrar os desafios que enfrentou enquanto
esteve no comando da prefeitura de São Paulo, entre 1º de janeiro 1989 e 1º de
janeiro de 1993.
Segundo a ex-prefeita paulistana, “O que me salvou nos quatro anos de governo, com minoria na Câmara [de vereadores], foi acreditar na população. Eu não tomava nenhuma iniciativa política de peso sem a presença que nos dava legitimidade e força política para enfrentar o adversário”.
Na avaliação de Erundina, o governo precisa ampliar o diálogo com a
sociedade: “Tem que ter diálogo permanente nas questões estratégicas, naquilo
que é mais grave, mais crítico, que são as prioridades orçamentárias, as
relações entre os poderes e, se não se tem isso, vai ser muito difícil rapidamente
suprir aquilo que não se fez durante quatro anos”.
Cumprindo o quinto mandato de deputada federal, Luiza Erundina defendeu
uma ampla reforma política, que não se atenha a mudanças de regras eleitorais.
“Luto por um
reforma política que seja uma mudança na concepção do papel do Estado
brasileiro, na estrutura e organização do Estado, nos seus poderes que não são
nada harmônicos e suficientemente independentes; ao contrário, eles interferem
uns nos outros”, disse ela.
Ao tratar da redução da maioridade penal, a deputada disse que o tema
não contribui para o avanço das conquistas democráticas no país. A
democratização da mídia também foi debatida e a deputada disse que essa é uma
questão estratégica. “Se não democratizar as comunicações sociais no país, não
resolveremos o atendimento ao direito humano fundamental à informação e a
liberdade de expressão”.
No encerramento do Espaço Público a deputada foi questionada sobre a
avaliação que faz da declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de
que a presidenta Dilma deveria renunciar ao cargo. “Eu diria que, se o senhor
[Fernando Henrique Cardoso] não pode ajudar, não venha com proposta que só
agrava o problema e que é responsabilidade de todos nós superarmos”, respondeu
Luiza Erundina.
O programa Espaço Público vai ao ar todas as terças-feiras,
às 22h, na TV Brasil. É apresentado pelo jornalista Paulo Moreira Leite.
Observação deste Evidentemente: No vídeo, a partir dos 49 minutos, Erundina fala sobre a necessidade de democratização das comunicações. Diz, por exemplo, que sempre lutou pela reforma agrária, mas agora ela reconhece que o mais importante, o realmente estratégico, é fazer a regulação da mídia, pois somente com a liberdade de expressão é possível se conseguir as várias reformas, se chegar à reforma do Estado brasileiro.
Observação deste Evidentemente: No vídeo, a partir dos 49 minutos, Erundina fala sobre a necessidade de democratização das comunicações. Diz, por exemplo, que sempre lutou pela reforma agrária, mas agora ela reconhece que o mais importante, o realmente estratégico, é fazer a regulação da mídia, pois somente com a liberdade de expressão é possível se conseguir as várias reformas, se chegar à reforma do Estado brasileiro.
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