(Ilustração: El Telégrafo) |
Os governos
levantam os muros para se protegerem contra a imigração ilegal ou o terrorismo.
Mas os analistas consideram que essas obras dão uma falsa sensação de segurança.
40.000 pessoas morreram desde o ano 2000 tentando emigar
65 barreiras têm atualmente o mundo. Quando caiu o Muro de Berlim tinha apenas 16
Da agência
AFP – reproduzido do jornal
equatoriano El Telégrafo (empresa
pública do governo federal), edição digital de hoje, dia 30
A
globalização derrubou as fronteiras para o comércio, mas para as pessoas a
preocupação sobre a segurança e o desejo de conter a migração ilegal leva à
construção de barreiras, apesar das dúvidas sobre sua eficácia.
Faz um quarto
de século, quando da queda do Muro de Berlim, havia 16 cercas que defendiam
fronteiras no mundo. Na atualidade há 65, terminadas ou em construção, segundo a
investigadora Elisabeth Vallet, da Universidade de Quebec.
Do o muro
de separação israelense (o ‘muro do apartheid’ para os palestinos) à cerca de arame farpado de 4.000 quilômetros
que a Índia construiu na fronteira com Bangladesh, o enorme dique de areia que
separa Marrocos das regiões do Saara em mãos do Polisário ou a cerca de
Melilla, os muros e as barreiras são cada vez mais populares entre os políticos
desejosos de mostrar sua firmeza em questões de migração e de segurança.
Ainda que
constituam símbolos agressivos, sua eficácia é, entretanto, bastante relativa,
estimam os especialistas. “A única coisa que todos estes muros têm em comum é
que constituem, sobretudo, fortes imagens”, assegura Marcello Di Cintio, autor
do livro Muros, viagem pelas barricadas. “Proporcionam uma ilusão de segurança,
não uma segurança real”.
Apesar
destes obstáculos, os migrantes acabam ao final por ultrapassá-las e a cocaína
nunca faltou nas mesas de Manhattan.
Os partidários
dos muros consideram que as fugas são melhores que as inundações, porém para
Marcello Di Cintio as repercussões psicológicas de tais barreiras não podem ser
ignoradas.
Continua
em espanhol, com traduções pontuais:
Cita así
a los viejos de la tribu india - de EE.UU. - Tohono O’odham, algunos ya
muertos, al parecer de pena (de angústia), cuando el muro que separa México de
Estados Unidos les impidió acceder a algunos lugares sagrados.
Según
Reece Jones, profesor de Hawái, autor del libro Muros fronterizos: seguridad y
guerra al terrorismo en Estados Unidos, en India e Israel, solo son eficaces
contra los más pobres y los más desesperados.
“Los
carteles de la droga y los grupos terroristas tienen los medios para evitarlos,
la mayoría del tiempo gracias a documentos falsos”, dice. “El cierre (O
fechamento) de fronteras no hace más que desplazar (deslocar) el problema,
llevando a los migrantes a través de terribles desiertos o (ou) barcos
precarios en el Mediterráneo. Lo que no hace más que aumentar el número de
víctimas”.
Tradução (parcial): Jadson Oliveira
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