(Foto: Reprodução/Carta Maior) |
Movimento político não partidário, a Frente se propõe a reunir aqueles que lutam pela segurança institucional e aprofundamento da democracia.
Por http://ramaral.org/ - reproduzido do portal Carta Maior, de 03/07/2015
A defesa das conquistas dos trabalhadores alcançadas nos últimos 12 anos, o respaldo ao governo Dilma Rousseff, não obstante abordagens críticas aos planos de ajuste econômico; e um objetivo claro de unir forças democráticas de forma a evitar que o país ceda a forças conservadoras e retroceda em avanços e conquistas históricas da jovem democracia brasileira. Esses foram os pontos comuns das falas que se sucederam durante o ato “Pró Frente Nacional Popular e Democrática” que lotou o auditório do 20º andar do Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, na noite do dia 29 de junho.
Movimento político não partidário, a Frente se propõe a reunir aqueles que lutam pela segurança institucional e aprofundamento da democracia, pela governança, pela recuperação da economia brasileira, pela defesa de nossa soberania e das riquezas nacionais, pela defesa dos interesses dos trabalhadores e assalariados em geral, e pelo desenvolvimento econômico com emprego e distribuição de renda.
Organizado pelos Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (IBEP), pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (CEBELA) e pelo Movimento de Defesa da Economia Nacional (MODECON), o evento foi aberto pelo presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos-IBEP, professor Roberto Amaral, compondo uma mesa com o ex-governador do R.G. do Sul, Tarso Genro, com os presidentes do Clube de Engenharia, engenheiro Francis Boghossian, do CEBELA, professor Pedricto Rocha, e do MODECOM, professor Lincoln Penna; e com embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, o jurista Marcelo Lavenére, os deputados federais Glauber Braga (PSB/RJ) e Jandira Feghalli (PCdoB), o deputado estadual Wanderson (PSB), o vereador Leonel Brizola Neto, ao lado de lideranças sindicais e sociais, como representantes do MST e da “Consulta Popular”. Na abertura, Roberto Amaral, destacando a importância daquele encontro, dado o quadro que vive o país, saudou os presentes que ali estavam, registrando que os deputados Alexandre Molon e Wadih Damous ( PT/RJ ) e o senador Lindbergh Farias ( PT/RJ ) enviavam mensagens de apoio ao ato, ausentes uma vez que estariam em reunião em Brasília, na mesma hora. Também encaminhou mensagem de apoio e solidariedade o ex-senador Eduardo Suplicy, de São Paulo o ex-governador Claudio Lembo e os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim.
Tarso Genro destacou que o país vive um desmonte da esfera política, da legitimidade dos partidos e um forte desgaste e dissolução do projeto democrático conquistado na Constituição de 1988. “Isso está claro na parcialidade da mídia e no cada vez mais evidente fascismo incrustado na cabeça de setores que têm patrocinado cenas de violência contra minorias e políticos. Tais cenas não são acidentes, mas compõem o caldo de uma cultura política de uma direita fascista que ascende no país”. O ex-governador apontou a necessidade de se costurar um programa democrático, progressista e transformador, inspirado nos ideais de justiça, igualdade e liberdade. Segundo ele, “esses valores estão sendo sucateados em todo mundo. O capital financeiro capturou os Estados e baixou a receita para destruir a esfera da política”.
A união de forças e a proposta de uma agenda objetiva também foram destacas pela deputada Jandira Feghalli. “Não se faz política sozinho e a criação de Frentes faz parte da nossa construção política. Uma frente pela defesa da economia nacional e da Petrobras é fundamental agora. Não podemos permitir a destruição da imagem da empresa e do seu papel no desenvolvimento nacional. É preciso enfrentar os pilares macroeconômicos, reduzir juros, taxar grandes fortunas e lutar por reformas estruturais, como o fim do financiamento de campanha por empresas e a regulação da comunicação”, declarou. Jandira também apontou a necessidade da luta contra o conservadorismo que tomou conta do Legislativo.
O deputado Glauber Rocha destacou que ainda há resistência na Câmara Federal, que os representantes progressistas no Congresso Nacional têm enfrentado grandes dificuldades, evidenciando a necessidade de uma frente popular. “Eu poderia citar a reversão que está sendo colocada para votação do Estatuto do Desarmamento ou a agenda já pronta para votação da modificação da demarcação das terras indígenas. Poderia falar que há poucas semanas não votamos a flexibilização da tortura por agentes de Estado porque, por poucos votos, conseguimos impedir aquela votação. Semanalmente temos enfrentado uma agenda que é preocupante para todo o Brasil, e precisamos reagir”, finalizou.
Dando prosseguimento ao ato, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães ressalta a importância da formação da Frente, sobretudo porque “o governo federal encontra-se na defensiva, sendo levado à adoção de políticas que se rendem aos setores adversários; logo, podendo representar um retrocesso em relação aos avanços obtidos nos últimos governos”. Chama particular atenção para que “devamos evitar que se cometa erros na condução da economia nacional e no papel do Brasil na esfera regional e internacional”.
Com ênfase nas lutas recentes do povo brasileiro pela Democracia e na ‘Carta Constituinte de 1988’, Marcelo Lavenére dirige-se aos presentes. Afirma que a “democracia está em risco no Brasil”; que os meios de comunicação se encontram em poucas mãos, expressando os interesses de grupos poderosos que querem um retrocesso; que as conquistas materiais dos amplos segmentos da sociedade estão sob ameaça, e que só poderá existir garantias reais para a população nas condições de “aprofundamento de uma verdadeira democracia popular”.
Por fim, Roberto Amaral ao encerrar o Ato, e consolidando o caráter do evento – ao registrar que tal processo está ocorrendo em distintos estados brasileiros –, evoca o porquê de uma Frente Nacional Popular e Democrática; as circunstâncias históricas que, a exemplo do passado no Brasil, tornam necessárias uma organização como esta, hoje. Pois, como ontem, no presente, se coloca, mais uma vez, o necessário processo de formação da Frente popular como aquele instrumento que exigiu o fim do “Estado Novo”, que esteve à frente da campanha do “O petróleo é nosso”, na luta contra a ditadura militar, pela anistia e pelas “Diretas-já”. De uma Frente que seja a expressão do movimento social, dos sindicatos, que acolha os partidos políticos, e os setores liberais que acreditam no caminho da democracia. Diz que “este é o desafio frente ao povo brasileiro e que todos, num sentido de unidade, e acima de partidos políticos, temos de construir com a sociedade um projeto de país para avançar e lutar contra os retrocessos”. Diz Amaral que, “não obstante as críticas ao chamado ‘ajuste econômico’, há que apoiar o governo Dilma Rousseff”. Prossegue: “ e, por essa razão, é fundamental que a Frente formule suas críticas apontando qual seria o caminho a seguir, quais seriam suas proposições no campo político-econômico,” afirmando a necessidade de o movimento social formular sua alternativa ao ‘ajuste’. Lembra que cabe identificar o espírito da Frente como o que surgiu, de forma instintiva, espontânea e necessária naqueles poucos dias que antecederam ao segundo turno das eleições presidenciais; que sim formaram uma unidade popular silenciosa, e entre toda a esquerda e mesmo setores liberais; entre os que quiseram (e conseguiram ) evitar uma derrota para a reação, o conservadorismo e a direita, enfim.
Naquele auditório do Clube de Engenharia, entre parlamentares, entidades sindicais e associações de classe, intelectuais e acadêmicos, empresários, cientistas, juristas, jornalistas, advogados, estudantes e representantes da sociedade civil organizada foi então, no Rio de Janeiro, lançado o movimento pró Frente Nacional Popular e Democrática.
Movimento político não partidário, a Frente se propõe a reunir aqueles que lutam pela segurança institucional e aprofundamento da democracia, pela governança, pela recuperação da economia brasileira, pela defesa de nossa soberania e das riquezas nacionais, pela defesa dos interesses dos trabalhadores e assalariados em geral, e pelo desenvolvimento econômico com emprego e distribuição de renda.
Organizado pelos Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (IBEP), pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (CEBELA) e pelo Movimento de Defesa da Economia Nacional (MODECON), o evento foi aberto pelo presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos-IBEP, professor Roberto Amaral, compondo uma mesa com o ex-governador do R.G. do Sul, Tarso Genro, com os presidentes do Clube de Engenharia, engenheiro Francis Boghossian, do CEBELA, professor Pedricto Rocha, e do MODECOM, professor Lincoln Penna; e com embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, o jurista Marcelo Lavenére, os deputados federais Glauber Braga (PSB/RJ) e Jandira Feghalli (PCdoB), o deputado estadual Wanderson (PSB), o vereador Leonel Brizola Neto, ao lado de lideranças sindicais e sociais, como representantes do MST e da “Consulta Popular”. Na abertura, Roberto Amaral, destacando a importância daquele encontro, dado o quadro que vive o país, saudou os presentes que ali estavam, registrando que os deputados Alexandre Molon e Wadih Damous ( PT/RJ ) e o senador Lindbergh Farias ( PT/RJ ) enviavam mensagens de apoio ao ato, ausentes uma vez que estariam em reunião em Brasília, na mesma hora. Também encaminhou mensagem de apoio e solidariedade o ex-senador Eduardo Suplicy, de São Paulo o ex-governador Claudio Lembo e os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim.
Tarso Genro destacou que o país vive um desmonte da esfera política, da legitimidade dos partidos e um forte desgaste e dissolução do projeto democrático conquistado na Constituição de 1988. “Isso está claro na parcialidade da mídia e no cada vez mais evidente fascismo incrustado na cabeça de setores que têm patrocinado cenas de violência contra minorias e políticos. Tais cenas não são acidentes, mas compõem o caldo de uma cultura política de uma direita fascista que ascende no país”. O ex-governador apontou a necessidade de se costurar um programa democrático, progressista e transformador, inspirado nos ideais de justiça, igualdade e liberdade. Segundo ele, “esses valores estão sendo sucateados em todo mundo. O capital financeiro capturou os Estados e baixou a receita para destruir a esfera da política”.
A união de forças e a proposta de uma agenda objetiva também foram destacas pela deputada Jandira Feghalli. “Não se faz política sozinho e a criação de Frentes faz parte da nossa construção política. Uma frente pela defesa da economia nacional e da Petrobras é fundamental agora. Não podemos permitir a destruição da imagem da empresa e do seu papel no desenvolvimento nacional. É preciso enfrentar os pilares macroeconômicos, reduzir juros, taxar grandes fortunas e lutar por reformas estruturais, como o fim do financiamento de campanha por empresas e a regulação da comunicação”, declarou. Jandira também apontou a necessidade da luta contra o conservadorismo que tomou conta do Legislativo.
O deputado Glauber Rocha destacou que ainda há resistência na Câmara Federal, que os representantes progressistas no Congresso Nacional têm enfrentado grandes dificuldades, evidenciando a necessidade de uma frente popular. “Eu poderia citar a reversão que está sendo colocada para votação do Estatuto do Desarmamento ou a agenda já pronta para votação da modificação da demarcação das terras indígenas. Poderia falar que há poucas semanas não votamos a flexibilização da tortura por agentes de Estado porque, por poucos votos, conseguimos impedir aquela votação. Semanalmente temos enfrentado uma agenda que é preocupante para todo o Brasil, e precisamos reagir”, finalizou.
Dando prosseguimento ao ato, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães ressalta a importância da formação da Frente, sobretudo porque “o governo federal encontra-se na defensiva, sendo levado à adoção de políticas que se rendem aos setores adversários; logo, podendo representar um retrocesso em relação aos avanços obtidos nos últimos governos”. Chama particular atenção para que “devamos evitar que se cometa erros na condução da economia nacional e no papel do Brasil na esfera regional e internacional”.
Com ênfase nas lutas recentes do povo brasileiro pela Democracia e na ‘Carta Constituinte de 1988’, Marcelo Lavenére dirige-se aos presentes. Afirma que a “democracia está em risco no Brasil”; que os meios de comunicação se encontram em poucas mãos, expressando os interesses de grupos poderosos que querem um retrocesso; que as conquistas materiais dos amplos segmentos da sociedade estão sob ameaça, e que só poderá existir garantias reais para a população nas condições de “aprofundamento de uma verdadeira democracia popular”.
Por fim, Roberto Amaral ao encerrar o Ato, e consolidando o caráter do evento – ao registrar que tal processo está ocorrendo em distintos estados brasileiros –, evoca o porquê de uma Frente Nacional Popular e Democrática; as circunstâncias históricas que, a exemplo do passado no Brasil, tornam necessárias uma organização como esta, hoje. Pois, como ontem, no presente, se coloca, mais uma vez, o necessário processo de formação da Frente popular como aquele instrumento que exigiu o fim do “Estado Novo”, que esteve à frente da campanha do “O petróleo é nosso”, na luta contra a ditadura militar, pela anistia e pelas “Diretas-já”. De uma Frente que seja a expressão do movimento social, dos sindicatos, que acolha os partidos políticos, e os setores liberais que acreditam no caminho da democracia. Diz que “este é o desafio frente ao povo brasileiro e que todos, num sentido de unidade, e acima de partidos políticos, temos de construir com a sociedade um projeto de país para avançar e lutar contra os retrocessos”. Diz Amaral que, “não obstante as críticas ao chamado ‘ajuste econômico’, há que apoiar o governo Dilma Rousseff”. Prossegue: “ e, por essa razão, é fundamental que a Frente formule suas críticas apontando qual seria o caminho a seguir, quais seriam suas proposições no campo político-econômico,” afirmando a necessidade de o movimento social formular sua alternativa ao ‘ajuste’. Lembra que cabe identificar o espírito da Frente como o que surgiu, de forma instintiva, espontânea e necessária naqueles poucos dias que antecederam ao segundo turno das eleições presidenciais; que sim formaram uma unidade popular silenciosa, e entre toda a esquerda e mesmo setores liberais; entre os que quiseram (e conseguiram ) evitar uma derrota para a reação, o conservadorismo e a direita, enfim.
Naquele auditório do Clube de Engenharia, entre parlamentares, entidades sindicais e associações de classe, intelectuais e acadêmicos, empresários, cientistas, juristas, jornalistas, advogados, estudantes e representantes da sociedade civil organizada foi então, no Rio de Janeiro, lançado o movimento pró Frente Nacional Popular e Democrática.
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