(Ilustração: do Blog do Miro) |
Dilma: "Nós, países
latino-americanos e caribenhos, não admitimos medidas unilaterais, golpistas e
políticas de isolamento contra a Venezuela”.
Por Altamiro Borges, no seu Blog do Miro, de 12/06/2015
Na quarta-feira (10), ainda em Bruxelas (Bélgica), a presidenta Dilma Rousseff deu uma declaração enfática que deve ter desagradado os falcões dos EUA, os abutres da Europa e os vira-latas nativos. Durante a cúpula da Celac com a União Europeia, ela afirmou: "Nós, países latino-americanos e caribenhos, não admitimos medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento contra a Venezuela... Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de qualquer tipo de sanção contra a Venezuela".
Na quarta-feira (10), ainda em Bruxelas (Bélgica), a presidenta Dilma Rousseff deu uma declaração enfática que deve ter desagradado os falcões dos EUA, os abutres da Europa e os vira-latas nativos. Durante a cúpula da Celac com a União Europeia, ela afirmou: "Nós, países latino-americanos e caribenhos, não admitimos medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento contra a Venezuela... Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de qualquer tipo de sanção contra a Venezuela".
A incisiva declaração ocorre num
momento em que o cerco contra a nação vizinha se radicaliza. Nas últimas
semanas, o imperialismo ianque recrudesceu na sua visão intervencionista contra
a 'revolução bolivariana'. Já os governos direitistas da Europa pretendiam
aprovar medidas de bloqueio econômico à Venezuela durante a cúpula conjunta com
a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A presidenta
Dilma Rousseff, reafirmando a política externa ativa e altiva do Brasil que não
se dobra às pressões das potências capitalistas, rejeitou a investida.
Na última quinta-feira (11), o presidente Nicolás Maduro voltou a
alertar o povo venezuelano sobre a nova onda golpista no país. Ele criticou as
desumanas sanções econômicas do governo dos EUA, a ação de sabotagem dos
setores do empresariado e a postura golpista da mídia privada. Num evento com
governadores e prefeitos no Palácio Miraflores, em Caracas, ele conclamou o
povo a se unir "no espírito, na ideia e na luta, em face das dificuldades,
diante da guerra econômica e das guerras de máfias criminosas... Esta é uma
batalha entre o ser e o não ser, entre a pátria e a antipátria".
Nicolás Maduro também elogiou a resolução da 2ª Cúpula de Bruxelas,
que aprovou "um parágrafo que de maneira oficial solicita ao presidente
dos EUA, Barack Obama, algo que estou seguro de que vai ocorrer, que é a
revogação do decreto que declara a Venezuela como uma ameaça". Ele ainda
se referiu à recente viagem ao Brasil do presidente da Assembleia Nacional
da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmando que as relações diplomáticas e
comerciais entre os dois países passa por um rico processo de fortalecimento. Ao
final, ele criticou alguns mercenários – como o corrupto ex-premiê
da Espanha, Felipe González – que visitam o país para apoiar
notórios golpistas. Nicolás Maduro não citou o tucano Aécio Neves, que
está com viagem marcada para Caracas. O cambaleante nem merece!
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