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Professores de SP em greve se manifestam na Avenida Paulista (Foto: Internet) |
Do Portal Fórum, de 15/05/2015
Vem chamando atenção na imprensa, nas últimas semanas, a greve dos
professores da rede estadual de ensino do Paraná, principalmente por conta da
operação policial que deixou centenas de feridos no final de abril. Vez ou
outra, a mídia tradicional veicula também algo sobre a greve dos professores do
estado de São Paulo, que continua sendo ignorada pelo governador Geraldo
Alckmin (PSDB). Outros três estados do país, no entanto, também possuem
professores estaduais em greve e pouco se fala ou se noticia.
Ainda que as reivindicações dos docentes de cada estado sejam bem
parecidas – como a questão do reajuste salarial -, um ponto que converge entre
eles é a orientação política e a falta de diálogo do governo. Dos
cinco estados que têm professores paralisados, quatro são governados pelo
PSDB e um pelo PSD.
Confira quais são eles:
Goiás
Os docentes entraram em greve na última quarta-feira (13) e pedem
ao governo de Marconi Perillo (PSDB) o pagamento do piso dos professores e
do salário integral dentro do mês trabalhado, a data-base dos administrativos,
salário dos contratos temporários equiparados de acordo com o dos efetivos e a
realização de concurso público.
Pará
No norte do país, os professores já estão em greve há mais de 50
dias. Eles pedem, entre outras coisas, o envio do Plano de Carreira,
Cargos e Salários (PCCR) à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a
realização de reformas das escolas e o pagamento integral do retroativo do piso
salarial. Apesar do tempo de paralisação, o governador Simão Jatene (PSDB)
ainda não negociou com a categoria. Cinquenta professores estão, desde o início
da greve, acampados no prédio do Centro Integrado de Governo (CIG), em Belém.
São Paulo
Em São Paulo, os professores da rede estadual estão paralisados há
dois meses e, até agora, nenhuma proposta para retomar as aulas foi apresentada
pelo governo do estado, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB). Com 70% da
categoria em greve, de acordo com o sindicato, os docentes reivindicam reajuste
salarial de 75,33%, além de melhores condições de trabalho, como o
fim das salas de aula superlotadas. Desde que a paralisação começou, Alckmin a
trata como uma “novela” ou, em alguns casos, afirma que “não existe greve em
SP”.
Paraná
Paralisados há 21 dias, os professores da rede estadual do Paraná
ganharam os holofotes da imprensa, principalmente por conta do massacre do qual
foram vítimas em protesto realizado há duas semanas. Mesmo diante da evidente
irresponsabilidade de seu governo em atacar os docentes, o governador Beto
Richa (PSDB) até agora não apresentou uma proposta que satisfaça a categoria,
que pede 8,17% de reajuste salarial.
Santa Catarina
Há 52 dias em greve, os professores estaduais de Santa Catarina
também não receberam, até o momento, uma proposta por parte do governo Raimundo
Colombo (PSD) que atenda as suas demandas. Eles reivindicam o Plano de
Carreira, aplicação do aumento de 13% do piso nacional da categoria para toda a
carreira e anistia aos grevistas de outros anos.
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