(Fotos: reproduzidas do Brasil 247) |
“O
prêmio Faz Diferença deveria ser encarado como propina e os magistrados que o
recebem deveriam ser acusados de corrupção, porque é um prêmio que vale mais
que dinheiro. Com esse prêmio em mãos, os magistrados podem ganhar dinheiro
como celebridades políticas, fazendo palestras pagas com dinheiro público, como
está fazendo, sem nenhuma vergonha, Joaquim Barbosa”, disse Miguel do Rosário;
ele cita também o caso do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.
Por Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho, de 13/05/2015 –
reproduzido a partir do portal Brasil
247, autor do título e da abertura acima
Advogados
acusam Moro de conduzir um processo ilegal
Uma leitora amiga me manda um vídeo
impressionante, que traz os advogados de Fernando Soares, um dos réus da Lava
Jato, protestando veementemente contra as artimanhas do Ministério Público e do
juiz Sergio Moro para enganar a defesa e manipular o processo.
A cena do vídeo é uma sala da 2ª Vara
Federal de Curitiba, e os personagens principais são Sergio Moro, dois
advogados de defesa, e um procurador que não aparece no vídeo.
Em determinado momento, um dos procuradores ofende o advogado, falando
em chicana. Joaquim Barbosa, realmente, fez escola.
O advogado, porém, responde à altura.
São dois advogados. O segundo a falar é Nelio Machado, um dos
maiores criminalistas do país, que denuncia: nunca, diz ele, em 30 anos de
profissão, testemunhei um desrespeito tão gritante à Constituição e ao direito
da defesa.
Machado falou que até mesmo a Constituição do Estado Novo, de inspiração
fascista, trazia garantias na lei que respeitavam a defesa dos réus, garantias
estas que Sergio Moro tem agredido sistematicamente, com vistas a promover,
sabe-se lá com que intenções, um circo midiático-judicial.
(Sobre Nélio Machado, ler esse post, do
professor Rogério Dultra).
Talvez Moro tenha intenção de seguir o exemplo de Ayres Brito e escrever
o prefácio do próximo livro de Merval Pereira, e ganhar uma sinecura de luxo no
Instituto Innovare, da Globo.
Machado explica ainda ao procurador mal educado e ignorante que o
Ministério Público, segundo a Constituição cidadã de 88, tem como dever
auxiliar a justiça. O procurador não é um justiceiro cuja função é apenas
acusar. Sua função não é ver o réu como um “inimigo” a ser esmagado a qualquer
custo. Não. Sua função, assim como a do advogado, é a de defender a lei.
“Não existe hierarquia entre advogado e Ministério Público, ambos são
auxiliares da lei”, ensinou Machado.
O vídeo é uma bomba.
É notório, no vídeo, que Sergio Moro não atua como magistrado, mas como
um rancoroso beleguim, um verdadeiro inimigo do réu e dos advogados de defesa,
imitando o estilo Joaquim Barbosa.
Emblemático que ambos, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, tenham ganho o
prêmio Faz Diferença da Globo. Quer dizer, prêmio não. Propina. O prêmio Faz
Diferença deveria ser encarado como propina e os magistrados que o recebem
deveriam ser acusados de corrupção, porque é um prêmio que vale mais que
dinheiro. Com esse prêmio em mãos, os magistrados podem ganhar dinheiro como
celebridades políticas, fazendo palestras pagas com dinheiro público, como está
fazendo, sem nenhuma vergonha, Joaquim Barbosa.
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