(Foto: Agência PT) |
De
Guaiaquil (Equador) - Nem o governo, nem tampouco o movimento democrático,
popular e de esquerda. E nem os dois juntos. A presidenta Dilma se esforça,
patina, e não consegue ser afirmativa e objetiva em coisa alguma. Foi isso que
veio à cabeça deste jornalista/blogueiro ao ler a matéria do Portal Fórum sobre
a coletiva desta terça-feira aos seis blogueiros chamados progressistas (ou “sujos”).
Os companheiros do Portal Fórum, com muito talento e boa vontade, até
conseguiram achar um título positivo/afirmativo:
Dilma
aponta iniciativa popular como caminho para pautar a regulação da mídia
Mas
talvez por estar mais próximo de uma realidade política bem distinta, eu esteja
prenhe de pessimismo diante das coisas do Brasil, conforme se pode depreender
do título que usei acima. Transcrevo então a abertura da matéria e a parte
sobre a regulação da mídia, que é a que mais me interessa. No fim deixo o link
para quem quiser ler todo o material:
Em
entrevista a blogueiros, presidenta afirmou que, por enquanto, não há como
abrir essa discussão no Congresso, mas sinalizou que a iniciativa popular pode
ser uma alternativa; entre outros assuntos, ela falou sobre o setor
ferroviário, as conversas com Zuckerberg e o PL da terceirização
Por Redação do Portal Fórum, de 14/04/2015
Na manhã
desta terça-feira (14), a presidenta Dilma Rousseff concedeu uma
entrevista a seis blogueiros. Estiveram presentes na coletiva Altamiro Borges,
do Centro Barão de Itararé; Cynara Menezes, do Socialista Morena; Luis Nassif,
do Jornal GGN; Maria Inês Nassif, da Carta Maior; Paulo Moreira Leite, do
Brasil 247, e Renato Rovai, do Blog do Rovai e revista Fórum.
Em um dos
trechos da entrevista, a presidenta fala sobre a questão das ferrovias, a
regulação econômica da mídia, as conversas que teve com Mark Zuckerberg e o
Projeto de Lei 4330, o PL da terceirização. Confira abaixo.
(...)
Regulação
da mídia
Primeiro,
é o seguinte: é óbvio, como qualquer setor econômico, qualquer um, seja o setor
que for, a questão da regulação econômica dele é importantíssima. Por que falo
econômica? Esse aqui ainda tem problemas específicos, que é o problema da
liberdade de comunicação, que nós defendemos. Qualquer setor tem que ser
regulado. Telefonia, petróleo…
Eu tenho
dito que não há, nesse momento, sendo bem clara, a menor condição de abrir essa
discussão agora. Por conta de toda a situação. E acho o seguinte: isso não
significa que a gente não possa, através de outros mecanismos, discutir
questões. Por exemplo, vocês estão aí para apresentar, não estão? Me disseram
que está em curso um processo de iniciativa popular, acho que isso vai ser
interessante para discutir. Acredito, aí eu queria até aproveitar e emendar em
um tema polêmico. Nós prolongamos, a pedido – a pedido porque eu,
particularmente, achava que já tinha suficiente –, até dia 30 de abril a
discussão sobre a regulamentação do Marco Civil da Internet. Não vejo por que
prorrogarmos mais uma vez.
Acho que
a gente tem que ter uma relação bastante objetiva com isso. Nós defendemos a
neutralidade na rede. Aliás, fomos o primeiro governo a defender a neutralidade
na rede e brigar pela neutralidade da rede. Eu estava falando com os EUA há
pouco e eles disseram que agora estão defendendo a neutralidade na rede.
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