Gilberto Carvalho (Foto: Internet) |
O ex-ministro dos governos Lula e Dilma e atual presidente do Conselho
Nacional de Administração do Sesi, Gilberto Carvalho, falou ontem (dia 16), em
Fortaleza, para uma plateia de mais de 500 pessoas. Ele fez uma avaliação
crítica da atual crise enfrentada pelo governo da presidente Dilma Rousseff e
mostrou-se otimista para superá-la. "O 15 de março foi a pressão, o
sacolejo que precisávamos, para acordarmos...Temos que dar respostas, não para
os manifestantes, mas para os milhões de brasileiros que não saíram às
ruas", disse.
E mais: “Um problema nosso é nunca termos entendido o papel dos meios de
comunicação. Muito aquém do tratamento democrático da informação, mas terem se tornado
verdadeiros partidos e defenderem interesses claros do capitalismo
internacional".
Do portal Brasil
247, de 17/03/2015, com o título ‘Temos
que responder aos milhões de brasileiros que não saíram às ruas’ (o título acima é deste
blog)
Ceará 247 - No
auditório da UNIPACE (Assembleia Legislativa do Ceará), lotado com mais de 500
pessoas, entre militantes de partidos políticos, de integrantes de movimentos
sociais, de ONGs, sindicalistas e público em geral, o ex-ministro Gilberto
Carvalho, um dos fundadores do PT e um dos quadros mais próximos ao ex-presidente
Lula, falou durante 40 minutos sobre a conjuntura brasileira.
O evento foi promovido pelo Movimento Democracia Participativa, com o
apoio da CUT, sindicatos e outras entidades. Esse movimento surgiu há
alguns meses e tem como objetivo discutir com a sociedade a questão da
participação popular na vida política do Brasil e influir na definição de
políticas públicas.
Também participou da mesa de debates o psiquiatra e psicanalista Valton
Miranda, histórico militante de esquerda, hoje filiado ao Partido dos
Trabalhadores, que integra a coordenação do Movimento Democracia
Participativa.
Gilberto Carvalho falou sobre a crise política, meios de comunicação,
relação com movimentos sociais, reforma política e destacou, abrindo o debate,
que o ex-presidente Lula está atento ao movimento das ruas e em um momento de
ouvir muito.
Sobre a conjuntura atual ele avalia haver uma combinação de crises na
economia, na governabilidade parlamentar e de valores, de ética. Segundo ele,
"a crise ética desagua também para uma crise política, já que envolve
partidos, parlamentares, além de funcionários públicos e de empresas". E
destacou que o próprio governo, que tomou a iniciativa de fortalecer a ação da
Polícia Federal e do Ministério Público, é quem paga o preço como se fossem os
inventores da corrupção.
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