ARAM AHARONIAN: A INTERNACIONAL DO TERROR MIDIÁTICO

Murdoch, Merval e Marinho
(Foto: Carta Maior)

Os meios comerciais de comunicação confiscaram a liberdade de expressão e, precisamente, aprisionaram-na para usá-la como refém.

Por Aram Aharonian - no portal Carta Maior, de 05/03/2015

Hoje, todas as luzes de alarme permanecem acesas no norte e no sul diante das intenções restauradoras da velha ordem neoliberal. As forças mais reacionárias do mundo intensificaram suas campanhas para desestabilizar novamente vários governos latino-americanos – o venezuelano, no social, econômico e militar; o argentino, no financeiro, por exemplo, em uma experiência que pode ser aplicada a qualquer outro país latino-americano cujos recursos naturais interessem às potências centrais.

A crescente e orgânica participação dos meios de comunicação cartelizados – nacionais e estrangeiros – na preparação e no desenvolvimento das guerras e planos desestabilizadores promovidos por e dos Estados Unidos demonstra que estes se transformaram em verdadeiras unidades militares. Se há 40 anos era necessária a ação das forças armadas para impor seu projeto, hoje o cenário de guerra é simbólico e tanques e baionetas não fazem falta: basta o controle dos meios hegemônicos para impor modelos políticos, econômicos e sociais.

A guerra se transfere ao espaço simbólico, à batalha ideológica, à guerra cultural e, portanto, as armas para essa nova confrontação são diferentes. Já não são metralhadoras, mas microfones, computadores, telefones, câmeras de vídeo... A guerra para impor imaginários coletivos se dá através de meios cibernéticos, audiovisuais e gráficos.

Os meios comerciais de comunicação confiscaram a liberdade de expressão e, precisamente, aprisionaram-na para usá-la como refém. Diante desse poder, os indivíduos não valemos nada. Os meios se tornaram despóticos e impiedosos, como nunca qualquer reizinho ou ditadorzinho já foi. Uma vez que acusam e condenam, não há como apelar a ninguém.


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