Uma longa fila de compradores se observou na porta da farmácia (Foto: Página/12) |
Presidente Nicolás Maduro: “Querem
que as pessoas vejam as filas; é uma estratégia guerrilheira”.
Matéria do jornal
argentino Página/12, edição impressa
de hoje, dia 6
A Justiça venezuelana determinou
ontem (quinta-feira) a prisão preventiva de dois altos executivos da maior cadeia
de farmácias do país, detidos no fim de semana e acusados de provocar desabastecimento.
São o presidente e o vice-presidente de Operações da cadeia Farmatodo, Pedro
Angarita e Agustín Alvarez Costa, respectivamente, detidos no sábado passado
junto com outros cinco executivos da empresa, sendo que estes foram depois liberados.
A prisão preventiva foi determinada
pelo Tribunal 41 de Controle de Caracas, depois que três procuradores imputaram a Angarita e
Alvarez Costa de boicotar e desestabilizar a economia, segundo reportou o
Ministério Público Federal. A ação contra a empresa se iniciou com a inspeção duma
loja do setor Los Ilustres de Caracas, realizada por um chefe da Divisão de
Guerra Econômica, Ernesto Villegas, que encontrou uma longa fila de compradores
na frente do local. Em sua conta do Twitter, ele relatou que interveio para
resolver a situação. “Só com a permissão de acesso ao local e com o
funcionamento de todos os caixas, ficou dissolvida a longa fila em frente à
Farmatodo”, informou Villegas através da rede social.
O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, acusou a elite empresarial de travar uma guerra econômica para
derrocar seu governo. “Tenho vários conspiradores donos duma cadeia de lojas
presos no Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência) e pedi à procuradoria que
acelere todos os trâmites para que fiquem bem presos por estarem sabotando com
essa cadeia de lojas o povo venezuelano”, disse no domingo o mandatário, e
agregou: “Querem que as pessoas vejam as filas; é uma estratégia guerrilheira”.
Continua em español (com
traduções pontuais):
Luego, en la madrugada del martes, en un operativo (Depois, na madrugada
da terça-feira, numa operação) ordenado por Maduro y encabezado por el
presidente de la Asamblea Nacional (Parlamento), capitán retirado (reformado) Diosdado
Cabello, el gobierno intervino la cadena de supermercados Día a Día, que tiene
36 locales en seis ciudades venezolanas, y apresó a cinco de sus ejecutivos.
“Llegamos, se normalizaron las ventas, convocamos a los propietarios, los
arrestaron (os prenderam) y ahora están presos por haber provocado a la gente”,
dijo Maduro. Sin abundar en detalles, el mandatario anunció además que el grupo
de tiendas (de lojas) entraría a formar parte del plan estatal de distribución
de productos, lo que alimentó los rumores de una expropiación sumaria del
negocio.
La prisión preventiva de Angarita y Alvarez Costa – que permanecían hoy
recluidos en la sede central del Sebin – fue criticada por el presidente de
Fedecámaras, la mayor cámara empresaria de Venezuela, Jorge Roig. “Ahora, los
empresarios engrosarán la lista de presos políticos de este gobierno!
Solidaridad con los gerentes detenidos de Farmatodo!”, escribió Roig en su
cuenta de Twitter.
Por otra parte, a raíz del desabastecimiento que sufre Venezuela, la Organización
Stop VIH (HIV, vírus da Aids) advirtió que la escasez de preservativos afecta
los programas de prevención, aumenta el riesgo en la población y aleja (e dificulta)
la posibilidad de cumplir las metas del milenio en cuanto a la reducción de
enfermos de sida (Aids). “Venezuela presentó el tercer mayor índice de
infecciones de VIH (HIV) por habitante de América del Sur, según datos de la
ONU en su informe correspondiente a 2013, y tiene una de las tasas de embarazos
(gravidez) en adolescentes más altas del continente”, señaló el presidente de
la Organización Stop VIH (HIV), Jonathan Rodríguez.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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