(Foto: Guilherme Zocchio) |
(Foto: Internet) |
Por Guilherme Zocchio - Do Myfuncity
Reproduzido da Página do MST, de 11/02/2015
É um, dois, três… e o batuque começa. O surdo dá o compasso do ritmo e, então, entram os tamborins. Com seu apito, o mestre da bateria orienta o grupo, que começa a cantar: “Nasci da poeira vermelha [...] Eu sou filho deste chão. Cresci debaixo da lona preta, na luta pela terra, fazendo ocupação”. É uma escola de samba. Mas, provavelmente, você não vai vê-la na tevê ou talvez vê-la desfilar pelo Anhembi.
Abram alas para a Unidos da Lona Preta, a escola de samba do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que comemora seu aniversário de 10 anos agora em 2015. “Começamos como um bloco de carnaval em 2002. Mas desde 2005 viramos uma escola de samba, a partir da necessidade de se aproximar da juventude”, explica Laércio Moreira da Silva, da coordenação da escola e responsável pelo surdo de segunda na bateria do coletivo.
O nome ”lona preta”, tal como sugere, remete às habitações erguidas pelos trabalhadores sem-terra em beiras de estrada, áreas improdutivas no campo ou terrenos baldios nas cidades, para fixar suas ocupações e fazer o usucapião da terra. Nos sambas-enredo, a escola fala de conquistas do movimento, segurança alimentar, reforma agrária, reforma urbana, agroecologia, entre outros temas.
Integrantes da Unidos ensaiam em Jandira (Foto: Guilherme Zocchio) |
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