O príncipe herdeiro saudita, Salman Bin Abdulaziz, recebeu o presidente venezuelano Nicolás Maduro (Foto: AFP/Página/12) |
Compromisso petrolífero: os governos
da Venezuela e Arábia Saudita acordaram coordenar ações para recuperar a
estabilidade dos preços do petróleo, que na semana passada caíram a seu nível mais
baixo desde 2009.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição impressa de hoje, dia
12
Os governos
da Venezuela e Arábia Saudita se comprometeram a coordenar ações para recuperar
os preços do petróleo, que na semana passada caíram a seu nível mais baixo
desde maio de 2009. O acordo foi alcançado durante a reunião que o presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, manteve em Riad com autoridades sauditas, reportou o
ministro da Economia e Finanças venezuelano, general de brigada Rodolfo Marco
Torres. “Excelente reunião com importantes resultados. Acordamos trabalhar para
recuperar mercado e preços do petróleo”, escreveu Marco Torres em sua conta da
rede social Twitter. Anteontem (sábado, dia 10) o presidente venezuelano pediu
no Irã a colaboração de países exportadores de petróleo para recuperar a
estabilidade nos preços do produto.
Maduro apresentou
a necessidade de defender o preço do petróleo, apesar de que a Arábia Saudita, o
maior produtor mundial, rechaçou reduzir a produção da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP), numa estratégia para desestimular a extração do
petróleo não convencional, mediante o chamado mecanismo de “fracking”. Maduro
visitou anteriormente o Irã e, após culminar sua visita à Arábia Saudita, partiu
para o Catar. Tem previsto visitar também a Argélia.
O preço do
barril de petróleo chegou a cair na semana passada abaixo dos 50 dólares, o nível
mais baixo desde maio de 2009. O ministro da Economia e Finanças venezuelano assinalou
que Maduro manteve reuniões com o príncipe herdeiro saudita, Salman Bin Abdulaziz,
e com o príncipe Muqrin Bin Abdulaziz, vice-herdeiro do trono. Também esteve
com o ministro do Petróleo, Alí Al-Naimi. A visita foi parte do giro do
presidente venezuelano pelas nações associadas na OPEP. Maduro lembrou que
entre junho e dezembro de 2014 o preço do barril baixou 40% e atribuiu esta
redução ao excesso de oferta no mercado de petróleo de “lulitas”, que os Estados
Unidos produzem mediante o “fracking”.
Ainda que
Venezuela e Arábia Saudita sejam membros da OPEP, diferem em suas posturas a respeito
da queda dos preços. A continuada queda obedece a vários fatores, entre eles a
decisão da organização petrolífera de manter os atuais níveis de produção, cerca
de 30 milhões de barris diários, frente às petições de alguns membros como
Caracas para aumentar a cota.
Continua
em espanhol:
En Teherán, el presidente venezolano pidió anteayer (anteontem) la
colaboración de los países exportadores de petróleo para recuperar la
estabilidad en los precios del crudo. Maduro trató con el mandatario de Irán,
Hasan Rohani, los cambios (as mudanças) en el mercado del petróleo, según la
agencia oficial iraní de noticias, IRNA. A juicio de Rohani, la cooperación
entre países de la OPEP puede, además de neutralizar los programas de algunas
potencias contra esa organización, ayuda a consolidar un precio aceptable para
el petróleo en 2015. Irán es el cuarto país en reservas de crudo del mundo y el
primero en las de gas natural, aunque su capacidad de explotación está muy
limitada por las sanciones internacionales que sufre debido a su controvertido
programa nuclear.
Maduro y Rohani abordaron el presente de las relaciones bilaterales. El
primero dijo que Venezuela busca ampliar lazos con Irán en todos los campos,
especialmente en economía y política. “El mercado de Venezuela es muy grande”,
recalcó Maduro, y aseguró que puede ser una plataforma de conexión entre
empresas iraníes con el mercado de Latinoamérica. También expresó su interés en
restablecer los vuelos (os voos) entre Teherán y Caracas. Rohani agradeció la
visita de Maduro a Irán y expresó su esperanza de que, con los acuerdos
alcanzados, haya avances en comercio e inversión (investimento), exportación de
servicios técnicos y de ingeniería (engenharia) e industria farmacéutica.
El líder supremo iraní, el ayatola Alí Jamenei, acusó a los “enemigos
comunes” de su país y de Venezuela de haber causado, intencionadamente, la
caída del precio del petróleo en los mercados internacionales. Jamenei expresó
su satisfacción por el acuerdo entre Maduro y Rohani, a fin de luchar de forma
coordinada contra el descenso del precio del petróleo. No obstante, consideró
que la cooperación entre Teherán y Caracas no debe limitarse al tema del
petróleo. En su opinión, hay que ampliar el nivel de los intercambios y las inversiones
entre los dos países (e os investimentos entre os dois países), que en estos
momentos es menor del esperado.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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