(Foto: Reprodução/Brasil de Fato) |
Um dia depois que se completassem quatro meses do desaparecimento de 43 estudantes da Escola Normal Rural Ayotzinapa, no estado de Guerrero, a Procuradoria Geral do México informou, nesta terça-feira (27), que eles foram executados e incinerados.
Em entrevista coletiva, o procurador-geral Jesús Murillo, afirmou que as provas científicas e periciais confirmam "com plenitude" o resultado das investigações. "As evidências permitem determinar que os estudantes foram privados de liberdade, da vida, queimados e jogados num rio, nessa ordem", disse o procurador-geral.
Temendo o fim das investigações os familiares dos estudantes criticaram o governo mexicano. Para eles, a versão oficial do governo só pode ser comprovada com a presença dos corpos de seus filhos. Por enquanto, os legistas só identificaram os restos mortais de um dos estudantes e familiares mantêm as esperanças de que os outros 42 continuem vivos.
As conclusões do governo, segundo agências de notícias, se deram após o depoimento de Felipe Rodríguez, conhecido como “El Cepillo”. Preso em 15 de janeiro, ele é considerado o autor material do sequestro e mortes dos estudantes.
O caso
Em 26 de setembro do ano passado, 43 alunos da Escola Normal Rural Ayotzinapa desapareceram em Iguala, para onde tinham ido com a intenção de arrecadar fundos para sua escola.
Segundo as autoridades, policiais municipais abriram fogo contra os estudantes e os entregaram ao cartel Guerreros Unidos. O líder do grupo, Sidronio Casarrubias, ordenou o desaparecimento dos jovens por acreditar que eram membros dos Los Rojos, um grupo criminoso rival.
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