(Foto: Viomundo) |
Os irmãos Marinho, como se sabe, representam o capital internacional, Washington e as petrolíferas internacionais, não necessariamente nesta ordem.
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo - o que você não vê na mídia - publicado em 9 de janeiro de 2015 às 12:37
Como descrevemos neste post, no Reino Unido qualquer leitor, ouvinte ou telespectador pode reclamar do conteúdo de jornais, revistas, emissoras de rádio ou TV a entidades independentes, reguladoras da mídia.
Elas abrem investigações e têm o poder de exigir retratações com o mesmo destaque, no mesmo espaço, se decidirem que os meios manipularam, distorceram, omitiram ou divulgaram informações de forma desequilibrada.
É direito de resposta na veia.
Fico imaginando como seria se a Petrobras e as Organizações Globo atuassem em território britânico.
Os irmãos Marinho já deixaram claro, através de editoriais no diário conservador que controlam no Rio, que topam privatizar a Petrobras. Na ausência de força política para fazer isso, querem colocar alguém “do mercado” para substituir Graça Foster, querem trocar a partilha pela concessão (simplificando, a União recebe um fixo e o petróleo descoberto fica todo com a empresa concessionária), querem reduzir o papel da Petrobras na exploração do pré-sal e acabar com a exigência de conteúdo nacional.
Os irmãos Marinho, como se sabe, representam o capital internacional, Washington e as petrolíferas internacionais, não necessariamente nesta ordem.
Todos os dias recebo pelo menos uma nota da gerência de imprensa da Petrobras desmentindo ou esclarecendo denúncias contra a estatal que aparecem repetidamente nos jornalões, no que podemos qualificar sem sombra de dúvidas de campanha contra a empresa.
Apesar de vítima na Operação Lava Jato, a Petrobras passou a ser acusada de criminosa, já que isso interessa aos que pretendem de alguma forma privatizá-la ou, ao menos, enfraquecê-la.
O que dói é ver que os textos da gerência de imprensa da Petrobras não saem na íntegra nos jornais. Quando muito, são citados no corpo de reportagens, descontextualizados e editados ao bel prazer dos jornalões.
Nos dias 4, 5 e 6 de janeiro, por exemplo, O Globo investiu contra o projeto do Gasoduto Gasene usando frases espetaculosas e sensacionalistas: usou “empresa de fachada” e “laranja” como se a Petrobras fosse um muquifo de fundo-de-quintal.
No dia 7 ficou claro o objetivo do diário carioca, quando publicou “Graça Foster atuou em processo de construção de gasoduto suspeito”.
Graça Foster, lembrem-se, foi demitida por Merval Pereira em uma de suas colunas. Segundo o porta-voz dos irmãos Marinho, não teria mais condições políticas de ficar no cargo.
Pela primeira vez, ao menos que eu tenha notado, a assessoria de imprensa da Petrobras parece ter perdido a paciência com a campanha sórdida de O Globo.
Notem nos dois desmentidos que reproduzimos integralmente abaixo (logicamente, eles nunca vão sair assim no jornal dos irmãos Marinho):
Clicar aqui para ler os dois desmentidos no Viomundo:
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