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(Foto: Prensa Latina) |
O jornal The Washington Post destaca que
em 2013, os tribunais cubanos sancionaram 628 pessoas por acusações
relacionadas com drogas, 273 das quais receberam sentenças de prisão que
vão de seis a 10 anos.
Washington,
6 jan (Prensa Latina) - Funcionários do governo estadunidense
reconheceram a reputação de Cuba na luta contra o tráfico ilegal de
drogas e insistiram na necessidade de ampliar acordos de cooperação entre
os Estados Unidos e a ilha, informa hoje o jornal The Washington Post.
"Temos que trabalhar com os cubanos em uma capacidade muito maior",
afirmou Mike Vigil, ex-diretor de operações internacionais da
Administração de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA), citado na
versão digital do influente jornal estadunidense.
Vigil, que também serviu como agente especial da DEA no Caribe, reconheceu que "é uma loucura não fazê-lo".
O artigo do Washington Post reconhece que durante anos, ambos os países
têm cooperado entre si na luta contra as drogas, e a transmissão de
informação sobre os movimentos de barcos e aeronaves suspeitas através
do Caribe.
Destaca ademais que, em um momento em que outros
países latino-americanos questionam cada vez mais os custos humanos e
financeiros da guerra contra as drogas, a Ilha se converteu em um dos
aliados mais confiáveis de Washington nesta luta.
O jornal
estadunidense destaca a reputação de Cuba no confronto ao transporte de
estupefacientes ilegais com a aplicação de castigos severos, o que
contrasta, segundo o Post, com o panorama que se vivia antes da
Revolução, quando em discotecas e cassinos de Havana se movimentava uma
gama variada de substâncias ilícitas e ópio.
"O governo cubano
não quer ser um centro para os traficantes de drogas", afirmou Barry
McCaffrey, general retirado (aposentado, da reserva) que serviu como o czar antidrogas da Casa
Branca durante a administração Clinton e é ex-comandante do Comando Sul
do exército dos Estados Unidos.
"Eles (as autoridades cubanas) o
viram como uma ameaça para seus filhos, a força de trabalho, sua
economia, seu governo", comentou McCaffrey.
O Post destaca que
em 2013, os tribunais cubanos sancionaram 628 pessoas por acusações
relacionadas com drogas, 273 das quais receberam sentenças de prisão que
vão de seis a 10 anos, segundo um relatório dos Estados Unidos.
O documento do governo estadunidense citado pelo The Washington Post
aponta que Cuba continua compartilhando informação com os países
vizinhos, incluindo os Estados Unidos, e tem tido um sucesso crescente
na localização de navios suspeitos.
Segundo o documento, o
governo cubano notificou a Guarda Costeira dos Estados Unidos 27 vezes
em 2013, sobre a presença de barcos suspeitos em tempo real.
O
Post comenta também que com os anos, a cooperação na luta contra as
drogas tem sido tensa pela política hostil entre ambos os países.
A Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA) tem um
agregado da Guarda Costeira que serve como "especialista no tema de
drogas," mas não há agentes da DEA.
Vicki Huddleston, chefe da
SINA desde 1999 a 2002, disse que apesar dos esforços de Cuba ao enviar
mensagens de rádio alertando sobre o tráfico de narcóticos em lanchas
rápidas, a política dos Estados Unidos nesse momento era de não
responder.
tgj/mfm/cc |
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