(Foto: Agência Lusa/EPA/David Fernandes) |
Nisman, que mantinha relações com o governo americano, havia pedido que Cristina fosse chamada para depor na causa do atentado terrorista contra a AMIA.
O promotor Alberto Nisman apareceu morto com um tiro na cabeça disparado com sua arma pessoal em um apartamento localizado a poucas quadras da Casa Rosada, a sede do governo. Seu corpo foi encontrado nas primeiras horas desta segunda-feira (19), dias depois de ter acusado Cristina Kirchner de encobrir os responsáveis do atentado que matou dezenas de pessoas na AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), em julho de 1994.
O procurador se transformou em uma estrela de televisão e dos meios de comunicação oligopolistas que deram ampla cobertura às suas sonoras denúncias, geralmente vazias de provas. Nisman era para a grande mídia algo como se tornou o juiz paranaense Sergio Moro para a imprensa tradicional brasileira.
Os principais dirigentes oposicionistas haviam viajado de seus respectivos estados para Buenos Aires a fim de participar nesta segunda-feira de uma exposição de Alberto Nisman na Câmara dos Deputados, em que havia prometido que apresentaria provas sobre a interferência de Cristina na investigação sobre o atentado terrorista de 1994.
Segunda essa versão do promotor, a presidenta quis evitar que fossem investigados suspeitos iranianos. A morte de Alberto Nisman motivou comoção nacional a 10 meses das eleições presidenciais, enquanto os adversários do governo não estão conseguindo superar suas diferenças internas para compor uma coalizão unitária.
“Os dados da autópsia de Alberto Nisman estarão prontos à noite, o que podemos adiantar é que sua morte aconteceu antes do jantar [de domingo]... estava sozinho e a porta do apartamento estava fechada com chave”, informou a promotora Viviana Fein.
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