(Foto: Aporrea.org) |
A ALBA considerou surpreendente que Washington "pretenda sancionar cidadãos dum país soberano em nome dos direitos humanos, justamente quando a Comissão de Inteligência do seu próprio Senado acaba de revelar um informe sobre os vergonhosos métodos utilizados pela CIA, incluindo torturas e ações degradantes contra suspeitos detidos de maneira arbitrária".
Por: Agência Venezuelana de Notícias (AVN) - reproduzido do portal Aporrea.org, de 24/12/2014
Caracas - Foram numerosos os pronunciamentos de países e instâncias internacionais em repúdio às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela, o que demonstra a solidariedade dos povos ante as pretensões imperiais que procuram desestabilizar governos legítimos.Na última quinta-feira, dia 18, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma proposta de lei aprovada pelo Senado norte-americano, com a qual se pretende sancionar a Venezuela pela suposta violação dos Direitos Humanos praticada pelos que contribuíram para frear os atos de vandalismo e terrorismo, promovidos por partidos políticos e setores da extrema direita, que deixaram 43 pessoas assassinadas, dentre outros danos. (Sanções previstas seriam, por exemplo, proibir que funcionários do governo venezuelano entrem nos EUA e congelar eventuais bens que possuam no território estadunidense).
Depois da aprovação do projeto de lei pelo Senado estadunidense, em 8 de dezembro, os países que integram a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) emitiram um comunicado expressando sua posição: disseram que "constitui um incentivo à desestabilização da República Bolivariana da Venezuela e abre as portas a ações anti-constitucionais contra o governo legal e legitimamente eleito do presidente Nicolás Maduro Moros".
A ALBA-TCP considerou surpreendente que Washington "pretenda sancionar cidadãos dum país soberano em nome dos direitos humanos, justamente quando a Comissão de Inteligência do seu próprio Senado acaba de revelar um informe sobre os vergonhosos métodos utilizados pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, a sigla em inglês), incluindo torturas brutais e ações degradantes contra suspeitos detidos de maneira arbitrária em cárceres ilegais espalhados pelo mundo e quando é prática habitual a violência policial contra os afro-americanos nesse país."
Outra das instâncias da região que se pronunciou antes que Obama firmasse as sanções foi o Mercado Comum do Sul (Mercosul), cujos presidentes dos países membros exortaram o governo dos Estados Unidos a se abster de adotar ações intervencionistas na Venezuela.
A propósito da XLVII Cúpula Presidencial do Mercosul, que foi realizada no Centro Cultural e de Convenções La Vieja Usina de Paraná, Argentina, os presidentes do bloco regional emitiram uma declaração especial na qual reiteraram que "a aplicação de sanções unilaterais, como as previstas nessa lei, fere o princípio da não intervenção nos assuntos internos de outros Estados e não contribui para a estabilidade, a paz social e a democracia na Venezuela".
Os comunicados de instâncias de peso internacional continuaram após Obama sancionar o projeto prevendo as punições propostas pelo Senado contra a Venezuela. O Movimento dos Países Não Alinhados (Mnoal), integrado por 120 países, no seu pronunciamento, advertiu que a política unilateral da Casa Branca contra a Venezuela tem o "propósito de debilitar sua soberania, independência política e seu direito à livre determinação, em clara violação do Direito Internacional".
Continua em espanhol:
"El Buró de Coordinación del Movimiento de Países No Alineados rechaza categóricamente la decisión del Gobierno de los Estados Unidos de imponer medidas coercitivas unilaterales en contra de la República Bolivariana de Venezuela", precisaron.
La posición fue compartida por el Grupo de los 77 más China (G77+China), integrada por 134 país que pidieron la derogación de la medida.
"El Grupo de los 77 y China expresa su firme rechazo a las sanciones unilaterales impuestas a la hermana República Bolivariana de Venezuela por parte del Gobierno de los Estados Unidos de América. Reafirmamos, de igual forma, la Declaración adoptada durante la Cumbre de Jefes y Jefas de Estado y de Gobierno del Grupo de los 77, celebrada en Santa Cruz de la Sierra (Bolivia), en la cual se condena la imposición de leyes y regulaciones con impacto extraterritorial, y todas las formas de medidas económicas coercitivas, incluyendo sanciones unilaterales, en contra de países en desarrollo", reza el comunicado.
Los presidentes de naciones como Bolivia, Cuba, Rusia, Argentina y Ecuador también se manifestaron en contra de las medidas y en solidaridad con el presidente Maduro y el pueblo venezolano, ante los intentos desestabilizadores.
Nueva escalada imperialista
Tras la promulgación de las sanciones, el presidente de la República, Nicolás Maduro, expresó de forma enfática su repudio y calificó la acción como una nueva escalada de medidas tomadas por la élite imperial estadounidense en contra de Venezuela.
"Imperialistas del norte por cualquier vía seguirán fracasando, nuestra América más nunca será colonia de nadie (de ninguém), así lo juramos, así será", señaló, al tiempo que ratificó que el gobierno de EEUU "ha dado hoy un paso en falso contra nuestra Patria, al firmar las sanciones a pesar del rechazo nacional y continental".
El pasado lunes (segunda-feira), Carmen Luisa Velásquez de Visbal, embajadora alterna de la misión de Venezuela ante la Organización de Estados Americanos (OEA), solicitó a la mencionada instancia que emita una declaración en referencia al rechazo de las "sanciones unilaterales contra países soberanos".
La solicitud la realizó durante el consejo permanente extraordinario convocado para tratar la nueva etapa de las relaciones entre Cuba y Estados Unidos.
Por su parte, el embajador de Venezuela ante la Organización de Naciones Unidas (ONU), Samuel Moncada, también denunció recientemente que las sanciones forman parte de una campaña financiera, política y económica contra el país con el único fin de justificar una intervención.
Tradução (parcial): Jadson Oliveira
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