Relatório divulgado hoje aborda violações de direitos humanos realizadas pela CIA durante o governo de George W. Bush (Foto: Wikicommons) |
Senado norte-americano divulgou, nesta terça-feira (09/12), informações sigilosas sobre torturas praticadas pelo país
Reproduzido do portal Opera Mundi - de São Paulo, de 09/12/2014
Um relatório divulgado nesta terça-feira (09/12) pelo Senado
norte-americano acusa a CIA (Agência Central de Inteligência) dos EUA de
usar técnicas de interrogatórios “brutais” e “piores do que as
reportadas” durante o governo do republicano George W. Bush (2001-2009),
após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O texto diz que a
agência “ultrapassou limites legais” e enganou a Casa Branca e o
Congresso.
O texto diz, também, que as “técnicas aprimoradas de interrogatório” usadas pela CIA não foram eficientes para conseguir informação dos detidos. Além disso, as justificativas dadas pela agência para a utilização dessas “técnicas aprimoradas” foram baseadas em “alegações inexatas” da eficiência delas.
Os senadores afirmam que o Departamento de Justiça e a Casa Branca receberam informações que não traduziam exatamente as condições de confinamento dos detidos pela CIA para interrogatório e esse tipo de ação, junto a outros dados imprecisos, impediu uma análise legal “apropriada” do Programa de Interrogatório e Detenção da agência.
Além disso, afirma o relatório, a CIA “ativamente evitou ou impediu
monitoramento” da Casa Branca sobre o programa. As operações da
agência também teriam impedido outras missões de segurança nacional no
exterior.
O documento é um resumo-executivo de cerca de 500 páginas do relatório, que tem mais de 6.000.
O programa de interrogatório terminou “efetivamente” em 2006, por ser “insustentável” e após vazamentos para a imprensa e a diminuição da cooperação de nações aliadas. Nos primeiros dias no cargo, em 2009, o presidente Barack Obama eliminou o programa.
Repercussão
Ex-diretores da CIA da época afirmaram, em um editorial aberto no Wall Street Journal, que as técnicas de interrogatório foram “essenciais” para defender a segurança do país e salvaram “milhares de vidas". Eles dizem que o relatório “é parcial e desfigurado com erros” e o chamaram de “ataque partidário e mal feito”.
Por sua vez, o atual diretor da CIA, John Brennan, reconheceu, em comunicado, que a agência cometeu “excessos”.
O presidente Obama, logo após a revelação do documento, soltou um comunicado em que afirma que “as técnicas utilizadas [naquela época] causaram grandes danos à posição dos Estados Unidos no mundo e tornaram mais difícil buscar nossos interesses com aliados e parceiros”.
O texto diz, também, que as “técnicas aprimoradas de interrogatório” usadas pela CIA não foram eficientes para conseguir informação dos detidos. Além disso, as justificativas dadas pela agência para a utilização dessas “técnicas aprimoradas” foram baseadas em “alegações inexatas” da eficiência delas.
Os senadores afirmam que o Departamento de Justiça e a Casa Branca receberam informações que não traduziam exatamente as condições de confinamento dos detidos pela CIA para interrogatório e esse tipo de ação, junto a outros dados imprecisos, impediu uma análise legal “apropriada” do Programa de Interrogatório e Detenção da agência.
O documento é um resumo-executivo de cerca de 500 páginas do relatório, que tem mais de 6.000.
O programa de interrogatório terminou “efetivamente” em 2006, por ser “insustentável” e após vazamentos para a imprensa e a diminuição da cooperação de nações aliadas. Nos primeiros dias no cargo, em 2009, o presidente Barack Obama eliminou o programa.
Repercussão
Ex-diretores da CIA da época afirmaram, em um editorial aberto no Wall Street Journal, que as técnicas de interrogatório foram “essenciais” para defender a segurança do país e salvaram “milhares de vidas". Eles dizem que o relatório “é parcial e desfigurado com erros” e o chamaram de “ataque partidário e mal feito”.
Por sua vez, o atual diretor da CIA, John Brennan, reconheceu, em comunicado, que a agência cometeu “excessos”.
O presidente Obama, logo após a revelação do documento, soltou um comunicado em que afirma que “as técnicas utilizadas [naquela época] causaram grandes danos à posição dos Estados Unidos no mundo e tornaram mais difícil buscar nossos interesses com aliados e parceiros”.
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