MIGUEL DO ROSÁRIO: MORO E A REPÚBLICA ULTRA-TUCANA DO PARANÁ

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Juiz Sérgio Moro (Foto: Tijolaço)
Agora descobrimos que a própria família do juiz Sergio Moro é ligada ao PSDB.

Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço, de 06/12/2014

A “República do Paraná”, que investiga a corrupção na Petrobrás, se revela, cada vez mais, um núcleo ultra-tucano.

Vejamos.

Os delegados federais da Lava Jato são tucanos tão descarados que operam nas redes xingando Lula, o governo, e dando loas a Aécio Neves.

Até os réus presos, por supostamente pagarem propina a servidores da Petrobrás, são quase todos tucanos. Vide o caso deste último, executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, mencionado no último post.

O cidadão passou décadas mamando nos governos do PSDB, sabe-se lá com que tretas, aproveitando-se inclusive de ligações familiares, visto que seu primo, Marcos Mendonça, é um tucano de alta plumagem que sempre ocupou altos cargos em governos tucanos.

Aí o cara é pego num esquema da Petrobrás, e resolve delatar quem? O PT, é claro.

O outro réu que decidiu fazer delação premiada, Alberto Youssef, é um tucano das antigas. Fez-se na vida lavando dinheiro e operando sempre para o PSDB. Foi preso e condenado inclusive por isso. 

Aceitou a delação premiada, jogou a culpa nos outros, foi solto e correu de volta para o mundo do crime. Como é tucano, e tucano pode tudo, o juiz lhe deu outra chance de entrar no jogo da delação.
Seu advogado, Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, tinha uma sinecura no governo do Paraná, do PSDB.

A Globo e Basto fizeram até tabelinha, para combinar uma narrativa bem legal, contra o PT, naturalmente.

E quem Youssef resolve delatar? O PT, óbvio.

Agora descobrimos que a própria família do juiz Sergio Moro é ligada ao PSDB.

Segundo apurado pelo site Poços 10, com apresentação de provas, sua esposa, a senhora Rosângela Wolff de Quadros Moro, presta assessoria jurídica ao governo do Paraná.

Para a coisa ficar ainda mais estranha, o escritório de sua esposa presta serviços à Shell, petrolífera estrangeira concorrente da Petrobrás.

Num mundo perfeito, onde as pessoas soubessem separar totalmente o público e o privado, não haveria nada demais.

Mas o mundo não é perfeito. E a operação Lava Jato se revela profundamente politizada.

É evidente que Sergio Moro está cercado por um antipetismo raivoso: no governo, na classe a qual pertence, na sua categoria profissional, no seio da família, na empresa da esposa, na grande mídia.

É muito difícil ser imparcial num ambiente assim.

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