(Foto: O Cafezinho) |
“A única
luta que se perde é a que se abandona!”
“A única luta que se perde é a que se abandona!”
Por Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho, de 24/12/2014
Pelo
jeito, esse será um dos debates mais importantes nas próximas semanas. Ou pelo
menos, importante para este blog, apaixonado pelo debate e pela democracia.
Depois de
uma eleição desgastante, temos um início de governo ainda mais sofrido.
Mais
tarde, darei meus pitacos sobre isso.
Apenas
adianto agora que o núcleo de força da democracia jamais estará no governo ou
nos partidos, mas na capacidade criativa da sociedade.
Entre o
governo, o partido, o Estado, a mídia, que são máquinas, e um indivíduo, um ser
humano complexo e sensível: eu sempre escolho o indivíduo.
Por isso,
me posiciono ao lado da Isabelle Truda, minha amiga na vida real, citada na
polêmica levantada pelo blog Diário do Centro do Mundo, em texto reproduzido
abaixo.
Só que
não posso me dar ao luxo de abandonar nada. Sou um blogueiro e preciso
continuar trabalhando, enfrentando os dilemas cada vez mais difíceis da
política e da vida.
Quero
continuar acreditando no meu país, no meu povo, e na força da história.
Pode
parecer proselitismo, e talvez seja mesmo, mas quem estuda um pouco de
história, sabe que a humanidade já enfrentou, e venceu, coisas infinitamente
mais terríveis do que uma Katia Abreu no ministério.
Independente
dos erros do governo, das arbitrariedades da mídia, das injustiças do Estado,
do pragmatismo às vezes obtuso dos partidos, continuaremos aqui, lutando
pacientemente na planície.
Nossa
luta prosseguirá como sempre foi: fundamentada na pesquisa, no pensamento, no
debate, na crítica aos donos do poder, na crítica a nós mesmos, no contraponto
às truculências da imprensa familiar.
E lutando
sempre de maneira democrática e pacífica.
Querida
Isabelle, continuaremos na resistência democrática, sempre. A seu lado e ao
lado de todos os militantes que lutam por um país melhor.
Os
governos, os partidos, a mídia, nada é maior do que o espírito do tempo, o
zeitgeist, que a gente guarda em nosso coração, em nosso cérebro, em nossas
mãos.
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