JOSÉ MUJICA: “NÃO QUERO QUE CLARÍN, GLOBO OU SLIM (TELEVISA) DOMINE A COMUNICAÇÃO NO URUGUAI”



Mujica: “Está bem que tenha de ter liberdade de imprensa, porém o que não tem de ter é o monopólio” (Foto: EFE/Página/12)
Mujica contra os grandes monopólios estrangeiros na mídia: o presidente uruguaio quer evitar o domínio de grandes grupos, como o Clarín (da Argentina), a Rede Globo (do Brasil) e a Televisa (do México) na imprensa de seu país. Ele defendeu o projeto da ‘ley de medios’ elaborado por seu governo e atualmente em debate no Congresso.

Matéria do jornal argentino Página/12, edição impressa de 17/12/2014

O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmo una terça-feira, dia 16, que a ‘ley de medios’ (lei dos meios de comunicação), em debate nestes dias no Congresso, aponta no sentido de evitar que os meios de difusão parem nas mãos de poderosos grupos estrangeiros. “Eu não quero que Clarín (Argentina), Globo (Brasil) ou (Carlos) Slim (grupo Televisa - México) se tornem donos das comunicações no Uruguai. Com estes (empresários dos meios locais de comunicação) eu brigo, mas somos poucos e nos conhecemos, estamos em casa”, declarou Mujica.

Para o mandatário uruguaio, que deixará o cargo em 1º de março, existe uma ameaça de que os meios locais terminem em mãos de algum grupo ou poder de fora do país. “Parece que qualquer coisa que seja regular é um pecado mortal. Eu penso exatamente o contrário. Os tubarões de fora, se isto não for regulado, terminam nos engolindo, porque estas famílias, que têm o privilégio, tampouco são eternas. Eu sei o que fazem os herdeiros. Está bem que tenha de ter liberdade de imprensa, porém o que não tem de ter é o monopólio”, expressou.

Continua em espanhol (com traduções pontuais):

El Senado de Uruguay se apresta a aprobar la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual, conocida como ley de medios, solamente con los votos del gobernante Frente Amplio (FA), ya que la oposición considera que tiene muchos artículos inconstitucionales. El Partido Independiente (PI) anticipó que presentará un recurso sobre los artículos relacionados con la publicidad electoral, que requieren dos tercios (dois terços) de la Cámara alta y no solamente la mayoría simple del oficialismo (dos governistas).

El senador del Frente Amplio Daniel Martínez explicó que la ley busca “asegurar el pluralismo y la diversidad y no se mete en los contenidos (conteúdos)”. “Fija criterios para adjudicar las frecuencias (para a concessão dos espaços eletromagnéticos), como existe en varios países del mundo”, agregó el senador uruguayo.

La nueva ley pasará a consideración de la Cámara de Diputados, que la aprobaría en la sesión del 22 de este mes, según la estimación (a previsão) de los analistas políticos, ya que el Frente Amplio que auspicia el proyecto cuenta con una mayoría holgada (maioria folgada) en ese recinto.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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