(Foto: Tijolaço) |
Por Miguel do Rosário, no blog Tijolaço, de 01/11/2014
Na campanha eleitoral deste ano muito se falou em desejo de mudança, em alternância de poder, em atender os anseios das ruas.
Pois bem, não houve assunto mais abordado nas ruas do que a democratização da mídia. Não há poder que esteja há mais tempo sem alternância do que a mídia.
E não haverá mudança de fato no país se não mudarmos a mídia brasileira, que não faz justiça à nossa complexidade.
Que se tornou um obstáculo ao nosso desenvolvimento político, cultural e até mesmo econômico.
A mídia, claro, tenta sufocar o simples debate.
Os movimentos pela democratização da mídia não querem censurar ninguém.
E são muito mais críticos ao governo do que a nossa mídia tradicional.
A mídia tradicional quer o monopólio da crítica ao governo, porque sabe que o governo apenas se mobiliza quando criticado, então quem tem o poder de criticá-lo tem o poder de orientá-lo e, portanto, tem o poder de fato.
Os movimentos sociais também querem o poder para criticar o governo, para forçá-lo a fazer a reforma agrária, a reforma urbana e a reforma política.
Querem mais poder de crítica para forçarem o governo a investir em metrôs ao invés de elevar os juros.
E por aí vai.
Comentários