Os professores foram ontem às ruas do Distrito Federal para exigir um julgamento político do presidente Peña Nieto pelos desaparecimentos (Foto: Página/12) |
Exigiram mais uma vez o aparecimento
com vida dos 43 alunos desaparecidos em Ayotzinapa: durante a manifestação, os
professores se pronunciaram contra a criminalização social e a política do
presidente Enrique Peña Nieto. Pediram, ademais, a reinstalação em suas funções
de todos os colegas que foram demitidos.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição impressa de hoje, dia
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Milhares
de professores mexicanos marcharam e realizaram um ato de protesto no Hemiciclo
a Juárez, centro histórico da Cidade do México, para exigir o aparecimento com
vida dos 43 estudantes da escola normal de Ayotzinapa, que se encontram
desaparecidos desde 26 de setembro. Além desta movimentação, ontem à noite os
familiares dos estudantes e outros jovens companheiros dos desaparecidos se ocupavam
em dar uma entrevista coletiva, após manterem pela tarde uma reunião com
membros do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) no município de San
Andrés Larráinzar, conforme noticiou o jornal El Universal.
Ao meio-dia, integrantes da Coordenação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) desfilaram do Monumento à Revolução ao Hemiciclo a Juárez. A esta marcha, da qual participaram milhares de professores, chegaram docentes da seção 22 de Oaxaca e da seção 14 de Guerrero. Durante a manifestação, os professores se pronunciaram contra a criminalização social e a política do presidente Enrique Peña Nieto. Num dos cartazes da Coordenação Estatal de Mães e Pais de Família de Oaxaca pediram, também, a reinstalação em suas funções de todos os colegas que foram demitidos. A marcha dos professores da CNTE chegou até o Hemiciclo a Juárez, onde realizaram um julgamento político simbólico contra o governo de Peña Nieto, segundo informou ontem o jornal mexicano La Jornada. Por outro lado, o grupo de filiação anarquista auto-denominado Coordenação das Sombras lançou um chamamento a boicotar os Jogos Centro-americanos iniciados no estado sulista de Veracruz e a campanha de vendas iniciada neste fim de semana no comércio de todo o país.
A organização pediu aos manifestantes que continuem com os incêndios nos recintos legislativos, tal como ocorreu durante a semana na sede do Congresso no estado de Guerrero, que foi atacada por um grupo de jovens, num comunicado difundido pela página web do grupo anarquista.
“É o povo rompendo a ilusão, a falácia da conciliação e a normalidade. A guerra já está aqui, é o que diz o fogo!”, indicou a mensagem intitulada “Mais de 43 razões para cobrir o rosto e lutar”. Ao expressar sua solidariedade aos estudantes desaparecidos há mais de mês e meio, a Coordenação das Sombras assinalou: “O Estado nos mata, porque é uma organização criminosa”. Após sete semanas do desaparecimento dos estudantes de Pedagogia de Ayotzinapa, que foram detidos por policiais e entregues ao grupo criminoso Guerreros Unidos, os protestos no país aumentaram e a cada dia se exaltam mais os ânimos.
Continua em espanhol (com traduções pontuais):
Incendios contra el Palacio de Gobierno de Guerrero, las instalaciones de la alcaldía (prefeitura) de la ciudad de Iguala y la puerta del Palacio Nacional en Ciudad de México, así como la quema de automóviles, han sido algunas de las acciones de protesta más llamativas de los últimos días.
En este espiral de manifestaciones, ante la falta de respuesta del Estado mexicano, alumnos de escuelas de los municipios de Ecatepec y Tecamac, ubicados (localizados) en el estado de la capital mexicana, tomaron cabinas de peaje (pedágio) en varias autopistas y dejaron libre el paso (a passagem) a los automovilistas, también en protesta por los 43 desaparecidos de Ayotzinapa.
Un grupo de estudiantes ocupó y liberó el peaje (pedágio) de la autopista México-Pachuca el viernes (na sexta-feira) al mediodía y también colocó pancartas (cartazes) en repudio a la política gubernamental. Sólo algunos policías federales se mantuvieron a la expectativa sin intervenir en la protesta, según consignó el periódico (jornal) capitalino La Jornada. De igual manera, decenas de manifestantes permitieron el paso (a passagem) de automovilistas y pidieron la cooperación voluntaria a los automovilistas que circulaban en ambos sentidos de las carreteras (das estradas) México-Cuernavaca, México-Querétaro y México-Puebla.
En la autopista Cuernavaca-Acapulco se registró la presencia de manifestantes en las cabinas de peaje (pedágio) de Palo Blanco y La Venta sin afectar la circulación. Otro grupo de manifestantes tomó las cabinas ubicadas (localizadas) en el maxitúnel de Acapulco, en el estado de Guerrero. También en la cabina de Acayucan, de la Autopista Isla-Cosoleacaqueb, hubo presencia de manifestantes que no interrumpieron el tránsito, mientras (enquanto) que estudiantes encapuchados de la Universidad Veracruzana ocuparon cinco autobuses (ônibus) del servicio urbano para dirigirse a la carretera (estrada) Veracruz-Xalapa: su objetivo era tomar la cabina de peaje (pedágio) de Plan del Río.
En el trayecto fueron detenidos por policías federales, quienes bloquearon la autopista y los obligaron a regresar a la capital del estado.
Tradução (parcial): Jadson Oliveira
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