(Foto: de O Cafezinho) |
A mídia
tentará aumentar ao máximo a presença do PT junto às listas dos corrompidos e
corruptores, mas ao fazê-lo, ampliará a imagem de republicana de Dilma
Rousseff.
Por Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho, de 17/11/2014
Janot confirma: houve golpe eleitoral contra Dilma
- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/11/17/janot-confirma-houve-golpe-eleitoral-contra-dilma/#sthash.HlOcONlI.dpufEm entrevista à Folha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez uma declaração bombástica:
“Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Beto Richa para a coisa de saneamento [Conselho de administração da Sanepar], tinha vinculação com partido. O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar. Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a delação.”
Se a acusação atingisse o PT, a mídia a teria transformado, imediatamente, em manchetão nas capas de todos os jornais, portais e revistas.
Como é contra o PSDB, então a informação é minimizada, como sem importância.
Janot repetiu a denúncia de golpe político-midiático, que a gente, da blogosfera, se cansou de fazer durante os primeiros vazamentos seletivos dos depoimentos de Alberto Youssef.
Denúncia esta que a imprensa jamais fez, embora estivesse ali, à vista de todos.
Por quê?
Por que a imprensa não identificou o óbvio, que havia vazamentos seletivos, com objetivo de interferir na campanha eleitoral e prejudicar Dilma Rousseff?
Ora, porque a imprensa fez parte do esquema.
Essa é a conclusão lógica inevitável das palavras de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, o cargo máximo do Ministério Público Federal.
No dia do penúltimo debate da eleição presidencial, que ocorreria na Record, um dos principais repórteres políticos da Globo, Gerson Camarotti, chegou a publicar, em seu blog, que Aécio e Álvaro Dias tinham recebido um “detalhamento completo” dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que “envolveria nomes graúdos do PT”.
Ficou evidente (hoje confirmado, visto que Aécio não usou a suposta “bomba” no segundo turno) que se tratava de blefe tucano e jogo sujo da Globo, para intimidar Dilma no debate.
Aécio tinha apanhado que nem gente grande no debate anterior e estava com medo.
A Globo, portanto, foi cúmplice do golpe eleitoral preparado pela oposição, em conluio com o advogado de Alberto Youssef.
Só que agora as coisas mudaram de figura.
A operação Lava Jato tomou proporções que fogem ao controle da mídia e da “República do Paraná”, ou seja, ao grupo de delegados e procuradores que tentaram usar a investigação para influenciar as eleições.
Envolvendo todos os partidos, e detectando desvios desde 1999, a Lava Jato fortalece a líder política número 1 do país, a presidenta da república.
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