VENEZUELA CHEGA AO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU



O presidente Maduro e outros dirigentes bolivarianos celebraram o resultado da votação (Foto: AFP/Página/12)
A Assembleia Geral aprovou o ingresso do país como membro provisório: “Esta é a vitória de Hugo Chávez Frías, de seu legado, de sua memória, nosso comandante continua ganhando batalhas no mundo”, assinalou Maduro. Os Estados Unidos foi o único país que votou contra a postulação da Venezuela.

Matéria do jornal argentino Página/12, edição de hoje, dia 17

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem o ingresso da Venezuela no Conselho de Segurança como membro não permanente para o biênio 2015-16, em substituição à Argentina. A postulação de Caracas, que surgiu do consenso do grupo de países latino-americanos em julho, foi aprovada na primeira votação, com 181 sufrágios dentre os 193 delegados presentes – com 10 abstenções e um voto contra de Washington. “Espero que esta notícia nos encha de maior confiança de que estamos no caminho correto, porque no campo internacional a Venezuela é um país potência nos aspectos ético, moral, ideológico”, disse o presidente Nicolás Maduro após ser conhecido o resultado. A eleição foi criticada pelo governo dos Estados Unidos.

“A designação da Venezuela representa um passo mais no sentido da aspiração pela transformação da ONU, para que aprofunde sua missão de estar a serviço da igualdade e da justiça no planeta”, expressou Maduro. “Há minutos acabamos de ter uma vitória recorde, um recorde mundial de apoio, de amor, de confiança, 181 países disseram à Venezuela: ‘Aqui estamos, te respaldamos’”, agregou o mandatário.

“Esta é a vitória de Hugo Chávez Frías, de seu legado, de sua memória, nosso comandante continua ganhando batalhas no mundo”, assinalou Maduro. Ademais, destacou o trabalho de seu chanceler, Rafael Ramírez, de seu ex-chanceler Elías Jaua e dos embaixadores de seu país na ONU, Samuel Moncada e María Gabriela Chávez. “A embaixadora María Gabriela Chávez, filha amada de nosso comandante Chávez e estando ela ali, o espírito imortal e invicto de Hugo Chávez”, comentou Maduro.

Ele sublinhou que “a voz da Venezuela” foi reconhecida “apesar das pressões, das perseguições, das chantagens”. Em 2006, o governo do então presidente Chávez não conseguiu reunir os apoios necessários para ocupar esse posto e acusou os Estados Unidos de terem exercido uma forte pressão sobre os membros da Assembleia Geral para que não votassem a seu favor. “Obrigado ao mundo em nome de toda nossa pátria, de todo nosso povo, obrigado a todo o mundo, porque foi todo o mundo, Ásia, Europa, África, América Latina, o Caribe, o mundo inteiro acaba de dar seu voto, seu apoio à nossa pátria venezuelana”, declarou o chefe de Estado em sua mensagem de agradecimento.

Caracas regressará no próximo 1º de janeiro ao órgão máximo de decisão das Nações Unidas, no qual já esteve presente em quatro períodos distintos: o primeiro nos anos 1962 e 1963 e o último entre 1992 e 1993. A eleição foi duramente objetada por Washington, que acusou o governo venezuelano de violar os direitos humanos.

A embaixadora dos Estados Unidos ante a ONU, Samantha Power, advertiu que seu país continuará exigindo do governo da Venezuela que respeite as liberdades fundamentais e os direitos humanos universais de sua população. “Lamentavelmente, a conduta da Venezuela na ONU tem sido contra o espírito da Carta da ONU e suas violações dos direitos humanos em seu território estão em conflito com a letra da Carta”, sustentou a diplomata.

Continua em espanhol (com traduções pontuais):

Power destacó la falta de oposición entre los países latinoamericanos a la hora de la elección y expresó que los grupos regionales tienen “la responsabilidad de presentar candidatos que cumplan estos criterios y apoyen totalmente los principios de la Carta de la ONU”.

Antes de la votación, media docena (meia dúzia) de senadores había pedido al secretario de Estado, John Kerry, iniciar una campaña para tratar de impedir la entrada de Venezuela en el Consejo.

Por su parte, el gobierno de Ecuador celebró la elección de Venezuela.

“El gobierno y pueblo del Ecuador expresan su congratulación por la decisión tomada en el organismo internacional y felicitan a la República Bolivariana de Venezuela, que obtuvo el respaldo de 181 votos de los Estados miembro”, según un comunicado oficial de la Cancillería ecuatoriana.

Quito destacó también el “amplio apoyo regional” para la elección de Venezuela, lo que avala (endossa) su participación en la toma de decisiones, añadió (acrescentou) la nota. “El ingreso de Venezuela al organismo es una de las aspiraciones regionales y una propuesta por la que el país venía trabajando desde hace años”, prosiguió el comunicado.

Además de Venezuela, la Asamblea General designó a los otros cuatro miembros no permanentes del Consejo de Seguridad para el período 2015-16: Angola, Malasia, Nueva Zelanda – electos en primera votación con 190, 187 y 145 sufragios, respectivamente – y España. El representante europeo fue resuelto en tercera votación, con 132 sufragios, luego de que (depois de que) ni España ni Turquía – el otro candidato – alcanzaran el mínimo requerido de dos tercios (dois terços) de los presentes en las dos primeras compulsas.

El Consejo Permanente de la ONU se integra con cinco miembros permanentes (China, Estados Unidos, Francia, Reino Unido y Rusia) y diez no permanentes cuyo mandato en el organismo dura dos (dois) años. Los miembros no permanentes se renuevan cada año por mitades. Los cinco países elegidos ayer reemplazarán (eleitos ontem substituem) a Argentina, Australia, Corea del Sur, Luxemburgo y Ruanda, en tanto continuarán hasta fin de 2015 Chad, Chile, Jordania, Lituania y Nigeria.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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