Familiares e amigos dos 43 estudantes desaparecidos marcharam em Chilpancingo, estado de Guerrero (Foto: Página/12) |
Enquanto os
normalistas não aparecem e crescem os protestos, as autoridades prenderam mais 14 implicados no sequestro e assassinato dos
alunos, delitos aos quais estão relacionados policiais e integrantes do cartel
Guerreros Unidos.
Matéria do jornal argentino Página/12, edição de 16/10/2014
O
procurador geral do México, Jesús Murillo, informou que os 28 cadáveres achados
em cinco fossas clandestinas no estado de Guerrero não correspondem a nenhum
dos 43 estudantes desaparecidos no final de setembro. Enquanto isso, as
autoridades capturaram outros 14 implicados no sequestro, ao qual estão
relacionados policiais e integrantes do cartel Guerreros Unidos, cujo líder se
suicidou no centro do país ao ser localizado por agentes. O presidente Enrique
Peña Nieto reconheceu que o desaparecimento dos estudantes representa uma “prova”
(“prueba”) para o México.
Murillo
assegurou que os restos encontrados não são dos estudantes. “Nas primeiras fossas
encontradas já temos alguns resultados e posso lhes dizer que os corpos não
correspondem aos tipos de DNA que os familiares desses jovens nos proporcionaram,
mas estas fossas nos confirmam a periculosidade deste grupo que é chamado
Guerreros Unidos”, explicou o procurador. As cinco primeiras fossas haviam sido
achadas em 4 de outubro.
No que se
refere à investigação contra os supostos responsáveis, Murillo revelou que a
procuradoria geral já conta com indícios suficientes de que o prefeito foragido
de Iguala, José Luis Abarca Velázquez, atuou em cumplicidade com o grupo de narcotráfico
para o sequestro e o desaparecimento dos 43 estudantes da Escola Normal de
Ayotzinapa. “Eu creio que aqui – e esta é a ideia pela qual estamos acusando os
policiais por delinquência organizada – há uma conjunção, vamos determinar se é
de coordenação ou de subordinação o tipo de relação existente, mas para mim é
claro que atuaram conjuntamente”, afirmou.
Iguala faz
parte duma convulsionada sub-região chamada Tierra Caliente e é uma zona
disputada por vários cartéis do narcotráfico, entre eles o de Guerreros Unidos,
que traficam maconha e papoula para os Estados Unidos.
Ademais das
prisões de ontem (quarta-feira, dia 15), nas imediações de Iguala foi encontrada
uma nova fossa comum e se trata de estabelecer se poderiam encontrar alguns dos
alunos da escola de formação de professores de Ayotzinapa, desaparecidos pelos
policiais e delinquentes depois de tomarem pela força três coletivos para levar
adiante uma manifestação.
Até esta
data, somam cerca de 50 as pessoas presas devido aos atos violentos registrados
entre a noite de 26 de setembro e a madrugada de 27 na cidade de Iguala, quando
morreram 6 pessoas, 25 resultaram feridas e 43 estudantes permanecem desaparecidos.
A maioria dos detidos são policiais municipais.
Continua em espanhol (com traduções
pontuais):
Los nuevos detenidos son policías del municipio de Cocula, que aceptaron
haber retenido al grupo de estudiantes y posteriormente entregarlos entre los
límites de los municipios de Iguala y Cocula a Guerreros Unidos, según informó
el director de la Agencia de Investigación Criminal de la Procuraduría General
de la República (PGR), Tomás Zerón.
El funcionario acusó a los policías de Cocula por cambiar (mudar, trocar)
el número de los patrulleros en los que fueron trasladados los estudiantes con
la finalidad de no ser reconocidos. “Quien ordenó esta operación instruyó a la
central de radio el cambio de bitácoras y el cambio de novedades
correspondientes a la operación del día del evento y que se ocultara que estuvieron
presentes en estos hechos”, evaluó. Entre los capturados también está el
alcalde (prefeito) de Cocula, César Miguel Peñalosa Santana, del oficialista (governista)
Partido Revolucionario Institucional (PRI).
El jefe de Guerreros Unidos, Benjamín Mondragón, alias (codinome) El
Benjamón, se suicidó ayer (ontem, dia 15) a la madrugada al verse cercado por
policías que procuraban detenerlo en Jiutepec, en el estado de Morelos, vecino
a Guerrero, informaron fuentes no identificadas de la Comisión Nacional de
Seguridad.
Peña Nieto aseguró que su gobierno encontrará a los responsables. “Estos
lamentables hechos son un momento de prueba para las instituciones y la
sociedad mexicana en su conjunto”, dijo ayer (ontem) durante un discurso
pronunciado con motivo del 61er aniversario del voto femenino en México.
Dirigiéndose a las madres (às mães) de los 43 estudiantes desaparecidos, el
presidente reiteró que “no habrá (não heverá) impunidad” para los responsables
del crimen. “Tengan la seguridad de que las dependencias del gobierno de la
República están trabajando para localizarlos”, subrayó el mandatario, que
desplegó (deslocou) a unos 900 policías, militares e investigadores en la zona.
En tanto, miles (milhares) de estudiantes de distintos centros
educativos mexicanos se sumaron a las protestas para que los jóvenes
desaparecidos aparezcan con vida. Por segundo día consecutivo, alumnos de
varias facultades y centros de la Universidad Nacional Autónoma de México
(UNAM) realizaron un paro de clases (uma paralisação das aulas) para protestar
por la desaparición de los 43 estudiantes de Ayotzinapa. En una marcha en la
que participaron miles (milhares) de estudiantes junto a la biblioteca central
de esta universidad, la más importante del país, se presentó también un grupo
de compañeros de los desaparecidos.
En otros centros, como la Universidad Iberoamericana, aunque no se
suspendieron las clases (as aulas), también se llevaron a cabo actos de
protesta y colectas para juntar fondos y enviárselos a las familias de los
desaparecidos, jóvenes de bajos recursos, que permanecen en la escuela a la
espera de noticias.
Tradução
(parcial): Jadson Oliveira
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