Luciana Genro (Foto: Internet) |
Um segundo turno, quando não nos sentimos representados
nele, é muitas vezes mais do veto que do voto.
Entendemos que Aécio Neves, o
seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe
dominante e do imperialismo na América Latina.
Posição do PSOL no segundo turno – reproduzido do
sítio web do PSOL, de 08/10/2014 (o
título e o destaque acima são deste blog)
Seguir lutando para mudar o
Brasil
Dilma não nos representa. Nenhum
voto em Aécio
O PSOL cresceu nas eleições de 2014. Dobramos nossa votação em
relação a 2010, num cenário ainda mais difícil. Agradecemos a cada um dos
1.612.186 eleitores que destinaram seu voto ao fortalecimento das bandeiras que
defendemos durante a campanha eleitoral. Conseguimos dobrar a representação
parlamentar do PSOL, que alcançou cinco deputados federais e doze deputados
estaduais. Essas bancadas farão a diferença nos seus estados e no Congresso
Nacional na luta por mais direitos. Nosso projeto sai fortalecido das urnas,
conquistando o quarto lugar em uma eleição marcada pela desigualdade da cobertura
da imprensa, dos erros das pesquisas, do impacto do poder econômico e do
desequilíbrio no tempo de televisão. Nada disso teria sido possível sem a
militância do PSOL, que fez a diferença e conquistou, com muita dedicação, esse
expressivo resultado.
Cumprimos o nosso papel, apresentando a melhor candidata e a melhor proposta para o Brasil. Luciana Genro constituiu-se como a principal referência da esquerda coerente e este é um enorme patrimônio de todo o PSOL. O programa que defendemos é o programa necessário para que se avance em direção a um Brasil justo e igualitário, livre da exploração e de todos os tipos de opressão. Esta foi nossa principal missão política nestas eleições, e avaliamos que a cumprimos bem.
Um segundo turno, quando não nos sentimos representados nele, é muitas vezes mais do veto que do voto. Entendemos que Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso. A criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB e aliados de direita. Assim, recomendamos que os eleitores do PSOL não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais. Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura.
A provável capitulação de Marina Silva à candidatura tucana demonstra a sua incapacidade de representar legitimamente o desejo de mudanças expresso nas ruas e comprova que a “nova política” não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso.
É preciso também afirmar que, diante do que foi o seu governo e sua campanha eleitoral, Dilma está distante do desejo de mudanças que tomou as ruas no ano passado. Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, a revolução tributária que taxe os mais os ricos e menos os trabalhadores, a auditoria da dívida pública, contra a terceirização e a precarização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa docasamento civil igualitário, uma nova política de
segurança pública que acabe com a “guerra às drogas” e defenda os direitos
humanos, a democratização radical dos meios de comunicação, o controle público
sobre nossas riquezas naturais, os direitos das mulheres, a reforma urbana, a
reforma agrária e a urgentíssima reforma política, que tire a degeneração do
poder do dinheiro nas eleições, reiterado neste pleito, mais uma vez. Por tudo
isso, se Dilma vencer o segundo turno, o PSOL seguirá como oposição de esquerda
e lutando pelas bandeiras que sempre defendemos, inclusive durante a campanha
eleitoral.
A partir destas considerações, o PSOL orienta seus militantes a tomarem livremente sua decisão dentro dos marcos desta Resolução, conscientes do significado sobre o voto no segundo turno, dia 26 de outubro, e agradece mais uma vez a todos o(a)s seus/suas eleitore(a)s e apoiadore(a)s pela confiança recebida nestas eleições.
Cumprimos o nosso papel, apresentando a melhor candidata e a melhor proposta para o Brasil. Luciana Genro constituiu-se como a principal referência da esquerda coerente e este é um enorme patrimônio de todo o PSOL. O programa que defendemos é o programa necessário para que se avance em direção a um Brasil justo e igualitário, livre da exploração e de todos os tipos de opressão. Esta foi nossa principal missão política nestas eleições, e avaliamos que a cumprimos bem.
Um segundo turno, quando não nos sentimos representados nele, é muitas vezes mais do veto que do voto. Entendemos que Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso. A criminalização das mobilizações populares e dos pobres empreendida pelos governos tucanos, em especial o de Alckmin, nos coloca em oposição frontal ao projeto do PSDB e aliados de direita. Assim, recomendamos que os eleitores do PSOL não votem em Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais. Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura.
A provável capitulação de Marina Silva à candidatura tucana demonstra a sua incapacidade de representar legitimamente o desejo de mudanças expresso nas ruas e comprova que a “nova política” não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso.
É preciso também afirmar que, diante do que foi o seu governo e sua campanha eleitoral, Dilma está distante do desejo de mudanças que tomou as ruas no ano passado. Seu governo atuou contra as bandeiras mais destacadas de nossa campanha, como a taxação das grandes fortunas, a revolução tributária que taxe os mais os ricos e menos os trabalhadores, a auditoria da dívida pública, contra a terceirização e a precarização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário, a criminalização da homofobia e a defesa do
A partir destas considerações, o PSOL orienta seus militantes a tomarem livremente sua decisão dentro dos marcos desta Resolução, conscientes do significado sobre o voto no segundo turno, dia 26 de outubro, e agradece mais uma vez a todos o(a)s seus/suas eleitore(a)s e apoiadore(a)s pela confiança recebida nestas eleições.
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL
São Paulo, 8 de outubro de 2014.
Nos 47 anos da morte do comandante Che
Guevara!
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