(Foto: do blog Viomundo) |
Paulo Fonteles Filho: Os batuques da senzala e o medo na casa grande.
Um odioso cerco se abate
contra as mudanças no Brasil. Tal assédio, sempre estimulado pelos latifundiários
da mídia hegemônica, procura, como em 1964, criar um ambiente de medo com base
numa provável ‘cubanização’ do país; além, é claro, do mofado discurso de que
somos governados por gangsteres comunistas, corruptos e malfeitores da pior
espécie.
Por Paulo Fonteles Filho, no seu blog, postagem de hoje, dia 17 (o título acima é deste blog)
Editorialistas da
estirpe mais reacionária se reúnem, ao redor de fantasmagóricas figuras como Olavo
de Carvalho, Jair Bolsonaro, Silas Malafaia, Lobão, Ronaldo Caiado e Marcos
Feliciano, para que, como numa esquizofrênica cruzada salvacionista, pavimentar
a eleição de seu candidato, Aécio Neves.
Os instrumentos, para
tal intento, se baseiam na lavagem cerebral do noticiário dos jornalões e em
seu subproduto mais perigoso: o ódio contra tudo que for popular, progressista
e, em última instância, brasileiro.
Nessa conjuntura, a principal
organização política da direita brasileira, a Rede Globo, porta-voz e apoiadora
de tudo aquilo que é antinacional, truculento e reacionário no país tupiniquim
nos últimos 50 anos, precisa ser duramente combatida.
(Foto: do Blog do Paulo Fonteles Filho) |
Se assim não o fizermos,
poderemos ver um importante ciclo político e democrático – iniciado por Lula e
continuado por Dilma - ser derrotado pelas mesmas penas e baionetas que apearam
João Goulart do poder presidencial e instalaram, por mais de vinte anos, um
regime medularmente corrupto, de terror, com censura, demissões em massa,
torturas, mortes e desaparecimentos forçados.
O que essa gente quer
senão decretar o fim de toda uma experiência histórica?
O diapasão do tempo, nossos
últimos 30 anos, ensejaram lutas memoráveis que uniram o país, desde as “Diretas
Já!” - preciosa contenda pela redemocratização do Brasil - até os dias atuais,
onde o país está mais independente e têm opinião própria, sempre de acordo com
seus interesses, onde a fome e o desemprego são duramente enfrentados porque,
dentre outras medidas, deixamos de ser lacaios dos interesses dos grandes
impérios mundiais, em especial o estadunidense.
E esse tempo foi um
tempo, sobretudo, de acumulação de forças. Soma-se a esse esforço o fato de que
essa gente, hoje aecista, quebrou o país e nos deixou o legado da insolvência.
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