ELEIÇÕES BRASIL 2014: O FOCO PRINCIPAL É A LUTA CONTRA A MÍDIA HEGEMÔNICA

(Foto: do blog Viomundo)

Paulo Fonteles Filho: Os batuques da senzala e o medo na casa grande.

Um odioso cerco se abate contra as mudanças no Brasil. Tal assédio, sempre estimulado pelos latifundiários da mídia hegemônica, procura, como em 1964, criar um ambiente de medo com base numa provável ‘cubanização’ do país; além, é claro, do mofado discurso de que somos governados por gangsteres comunistas, corruptos e malfeitores da pior espécie.

Por Paulo Fonteles Filho, no seu blog, postagem de hoje, dia 17 (o título acima é deste blog)
Editorialistas da estirpe mais reacionária se reúnem, ao redor de fantasmagóricas figuras como Olavo de Carvalho, Jair Bolsonaro, Silas Malafaia, Lobão, Ronaldo Caiado e Marcos Feliciano, para que, como numa esquizofrênica cruzada salvacionista, pavimentar a eleição de seu candidato, Aécio Neves.

Os instrumentos, para tal intento, se baseiam na lavagem cerebral do noticiário dos jornalões e em seu subproduto mais perigoso: o ódio contra tudo que for popular, progressista e, em última instância, brasileiro.

Nessa conjuntura, a principal organização política da direita brasileira, a Rede Globo, porta-voz e apoiadora de tudo aquilo que é antinacional, truculento e reacionário no país tupiniquim nos últimos 50 anos, precisa ser duramente combatida.
(Foto: do Blog do Paulo Fonteles Filho)
Se assim não o fizermos, poderemos ver um importante ciclo político e democrático – iniciado por Lula e continuado por Dilma - ser derrotado pelas mesmas penas e baionetas que apearam João Goulart do poder presidencial e instalaram, por mais de vinte anos, um regime medularmente corrupto, de terror, com censura, demissões em massa, torturas, mortes e desaparecimentos forçados.

O que essa gente quer senão decretar o fim de toda uma experiência histórica?

O diapasão do tempo, nossos últimos 30 anos, ensejaram lutas memoráveis que uniram o país, desde as “Diretas Já!” - preciosa contenda pela redemocratização do Brasil - até os dias atuais, onde o país está mais independente e têm opinião própria, sempre de acordo com seus interesses, onde a fome e o desemprego são duramente enfrentados porque, dentre outras medidas, deixamos de ser lacaios dos interesses dos grandes impérios mundiais, em especial o estadunidense.

E esse tempo foi um tempo, sobretudo, de acumulação de forças. Soma-se a esse esforço o fato de que essa gente, hoje aecista, quebrou o país e nos deixou o legado da insolvência.
 

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